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Rui Pinto

03.02.20

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Rui Pinto é um dos nomes mais controversos das últimas semanas. Depois do football leaks, há o Luanda Leaks.

Não sei quem é culpado nem que é inocente, mas sobre isto o que me apraz dizer é:

 

- porque está Rui Pinto a fazer o trabalho das autoridades policiais? Porque é que este hacker não confiou na polícia para fazer as suas denúncias?

 

- Porque razão foram os jornalistas a desencadear o Luanda Leaks e não as autoridades? Porque há tanto medo por afrontar o poder?

 

Sobre Angola, o que leva a crer é que foi a votade política do presidente João Lourenço que fez desencadear os processos (como alguém já disse: todos desconfiavam mas assobiava-se para o lado, uns por uns motivos, outros por outros). Recordo-me de há uns meses em Portugal se ter andado nas palmas das mãos, com as intervenções dos altos poderes do Estado, com os assuntos "irritantes".

Sobre o futebol, clubes à parte nada aconteceu nem a dirigentes nem a empresários. Nem sequer se sabe se são inocentes ou culpados.

Sobre o processo jogo Duplo, ainda se está ao dia de hoje em julgamentos e adiamentos sucessivos... Soa a uma justiça lenta e medrosa.

 

- Faz sentido "só" estar o rapaz estar preso  (até agora)? Porque não ajuda Rui Pinto a polícia a investigar, não para se defender mas para fazer o trabalho dos outros?

 

- O rapaz cometeu um erro: fazer chantagem com a Doyen e isso valeu-lhe prisão. Todos os outros andam e passeiam (nem se sabe se são inocentes ou culpados).

 

- Porque demora tanto a Justiça a investigar, aferir responsabilidades e condenar?

 

- José Miguel Júdice, comentador/advogado/ etc também visado nos Luanda Leaks, já veio demonstrar cautela  no seu discurso. Ao ouvi-lo só me lembrei que quem tem c* tem medo.

 

- Não se se podemos chamar ao Rui Pinto, o Robin dos Bosques dos tempos modernos, mas que este rapaz tem conseguido abanar as estruturas. Inclusivamente, a inoperância e contradições da Justiça em Portugal.

 

Veremos os próximos episódios (se os houver)...

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publicado às 18:03


16 comentários

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De Andy Bloig a 04.02.2020 às 10:28

Rui Pinto não "investigou" nada. Terá aglutinado informações sobre a Isabel dos Santos (100% de certeza que não foi ele a obter a documentação e tenho muitas dúvidas que tenha sido ele a entregar a documentação ao consórcio de jornalistas africanos) de várias fontes. Regra básica para qualquer hacker: nunca se identificar, até mesmo depois de ser apanhado.
Além disso, segundo o próprio, entregou o disco rígido em Dezembro de 2018. Ora já há processos em andamento desde 2016. Não notaste a coincidência do "luanda leaks" aparecer 5 dias depois de Angola exigir a presença da Isabel, para prestar declarações num tribunal?
É muito fácil condenar sem saber os contextos de cada factura. Sim, no mundo dos negócios há uma ténue linha entre negócios, lobbies e corrupção. 99% das situações ficam nas 2 iniciais, quando contextualizadas... apesar de a comunicação social afirmar que 17000% delas são "suspeitas de" corrupção.
No futebol, o Rui Pinto VENDEU dados ao FCP. Terão sido obtidos a partir de 3 computadores, roubados por membros do Super Dragões, em Lisboa (2 do Benfica e 1 da Federação Portuguesa de Futebol). Os membros da claque portista foram detidos, estiveram, porque disseram que venderam os computadores, na feira da ladra, no dia seguinte. Sem mais provas, pagaram uma multa e foram embora, com penas suspensas. 11 meses depois, Francisco J. Marques começou a revelar e-mails que estavam nesses computadores (aqui tanto o benfica como os dirigentes terão cometido um erro, pois foi através dos dados dos computadores que acederam aos serviços do clube e da SAD), o tal processo que está em recurso, pois a primeira instância deu o FCP como culpado de espionagem empresarial e condenou-o a pagar 2,4 milhões de euros ao Benfica e o recurso foi parar a um juiz, que é benfiquista. Nesse mesmo mês, a SAD do FCP pagou 4,78 milhões de euros a um, pretenso, empresário FIFA, de origem queniana que nunca existiu nem apresentou quaisquer relatórios de scouting, este ainda estará em investigação e deve ser arquivado, pois o dinheiro desapareceu de uma conta, ligada ao Rui Pinto, de um banco suiço, no mesmo dia que a PGR emitiu o pedido de congelamento de 3 contas bancárias.

Além a Doyen, o Rui Pinto é suspeito de ter chantageado o Borussia de Dortmund e de ser a pessoa que tentou extorquir o PSG e o Marselha, também por negócios com a Doyen e outros empresários de futebol.(Serão algumas das razões para os advogados dele dizer que estava a colaborar com as autoridades, sem que as autoridades assumam algo.) Ainda para mais, o Rui Pinto fugiu de Portugal, por ter sido suspeito de repetir o roubo de dados de cartões de crédito e acessos, ilegítimos, a homebanking. Quando foi apanhado devolveu metade do valor, em troca de uma pena suspensa... repetiram-se situações, a polícia quis falar com ele, pirou-se. Coincidências?

PS- Também nunca poderá ter o estatuto de denunciante (com a MERDA das redes sociais reclamam) pois nunca foi (nem será) funcionário de alguma das empresas envolvidas. Não passa de um hacker que rouba para vender e ser rico.
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De O ultimo fecha a porta a 15.02.2020 às 18:22

Concordo o que escreves e não o desculpabilizo. Não concordo com os meios nem com o crime de chantagem que fez com a Doyen. O meu ponto é não se ir atrás dos crimes pratricados pelos poderosos com a mesma rapidez e eficácia. Há medoç. São assuntos "irritantes" que se camuflam.

" Ora já há processos em andamento desde 2016" - acreditas mesmo que teria alguma consequência prática? Em 4 anos, nada se conclui. Nem se concluiria!
Ainda agora com António Vitorino. Tudo muito ao de leve. Enquanto ele estiver no poleiro não se toca no "influencer" político. Nem se vai tocar. Quando ele cair, tal como caiu Isabel dos Santos, lá vêm as investigações a público, os arrestos, os julgamentos, etc.

A malha do poder é lixada.

Qto ao futebol, mistura-se muito paixão clubistica com o legal e o bom senso. Porém, não invalida que se investiga e se puna os culpados e se há negócio com cortinas de fumo escuro é esse.
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De Andy Bloig a 15.02.2020 às 20:02

Para entrar nalguns sistemas (no caso da Isabel foram 361 empresas) é preciso analisar meses de dados até encontrar uma forma de retirar informações. Mas, existem uns bons milhares de hackers, de vários pontos do mundo, que fazem isso e depositam os dados em certos ficheiros, que são partilhados em redes públicas. Alguém que tenha acesso aos checksum sabe que o "Star Wars - Te last jedi" não é nenhum filme.
Depois há o contexto de cada coisa, uma despesa num restaurante, onde outro suspeito também pagou um almoço, no mesmo dia, não quer dizer que estivessem juntos. É por isso que alguns hackers fazem vida, a "vender" esses dados... aos seus legítimos proprietários. Se corre mal, ou são enviados para os meios de comunicação social ou ficam a circular na net, através de grupos de pessoas ligadas a essas coisas.

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