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Na noite de eleições falou-se na importância da abstenção a propósito das eleições.
Talvez o único dia em 4 anos --> 1/ 1.460
E isso diz bem da classe política portuguesa. Cinge-se à banalidade. Hoje, uma semana depois, já ninguém fala disso. A público, esta semana, vieram casos gravíssimos da promiscuidade política envolvendo câmaras municipais e hospitais pagos por todos nós. Os casos sucedem-se.
Por isso, achei uma profunda hipocrisia ouvir os lideres partidários manifestarem preocupação com a abstenção apenas na noite eleitoral quando as câmaras estavam focadas nestes. Na verdade não sei se estão. Vieram com esse discurso porque ficava bonito e de facto é grave. Lembrei-me de imediato do concerto de violino que davam no filme Titanic quando o navio afundava
Ainda em Março, tinha partilhado no blog a propósito de nomeações para cargos empresariais de políticos sem perfil e alertava para a abestação.
Quanto a mim, fui votar. Fui cumprir o meu direito e dever cívico.
Se acredito na classe política? Não. Há as exceções, mas a grande maioria olha para o seu umbigo e sobretudo os seus crimes não são punidos devidamente.
Quanto às desculpas do tempo de praia e do futebol, presunção e água benta cada um toma a que quer. Para ambos os lados.
Fala-se também da Geração Z que é alheada da política. Ouvi um discurso de um líder partidário na noite eleitoral que é o mesmo discurso de há vinte atrás. Um discurso velho, desinteressante e desatualizado. Não admira que Jerónimo esteja a perder espaço.
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