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Hoje foi o funeral do familiar que foi infetado pelo covid.
Soube-se que hoje que teoricamente estaria recuperado. QUando recebemos a notícia achavamos que era do vírus, pois tinha sido detetado e estava assintomático. Nos dois testes da última semana, tinha dado negativo. Com 94 anos, pode não ter falecido da doença, mas da cura. Não entra para a estatística. Cá em casa apenas a minha mãe foi ao funeral.
Esta semana ouvi na Comercial (parabéns à rádio pela aposta em música nova e portuguesa), a nova da Ana Bacalhau. Chama-se "Memória".
Impossível não escutar a letra:
Já não durmo e o tempo aos poucos começa a roubar-me a vida
Tanta porta para entrar e eu quero encontrar a saída
Sinto que eu própria já não me reconheço
E quando escrevo a história, às vezes não me lembro quem era, como era
Somos só memória à espera de não ser esquecida
Chorei no meu ombro ao espelho só pra me confortar No reflexo vejo o medo por pensar em falhar
Eu sou só um corpo que curou todas as suas feridas Mas dentro da minha cabeça tenho a alma destruída
Porque eu sinto que eu própria já não me reconheço
E quando escrevo a história, às vezes não me lembro De quem era, como era
Uma letra curta mas carregada. Numa altura em que se fala de depressão, saúde mental e medo quanto ao futuro, está aqui um texto no qual algumas pessoas se podem rever. Não sou médico nem psicólogo, mas pela informação que tenho, o importante é pedir ajuda.
Btw, alguém chamou a atenção que numa revista ao lado da fotografia do ator falecido, estava uma promoção a uma faca. Fui ao Sapo Jornais e é verdade. É uma revista da Cofina...
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