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Hoje vou falar de 3 casos de ciclovias e como elas podem ser vistas.
Será sobre 3 cidades diferentes, de 3 cores políticas diferentes e não sou eleitor em nenhuma delas.
Ponto prévio: não sou urbanistas, nem arquiteto, mas procuro ver as coisas com bom senso.
Sou um defensor de ciclovias e equipamentos públicos que propiciem uma vida mais saudável, ativa e ecológica. Já o manifestei várias vezes e procuro fazer por isso.
Lisboa
Presidida pelo PS.
O caso que menos conheço, mas foi onde morreu uma jovem de 16 anos ao circular na ciclovia cumprindo todos os requisitos de segurança (avançou no sinal verde do semáforo). Deu-se pouca importância ao caso porque é o que convém.
Dá para refletir sobre até que ponto há a prevenção e informação necessária, bem como a localização das ciclovias. Será que colocá-las nas ruas mais movimentadas das cidades é a mais segura?
Porto
Presidida por um independente
Na 6ªf precisei de passar pela Rotunda da Boavista. Ao sair para o Bom Sucesso, surge do nada linhas contínuas e logo a seguir ao desvio e "camuflados" pelo trânsito uns pinos a marcar o começo de uma ciclovia. Andam-se uns 300 metros e acaba a ciclovia.
Como condutor, além da confusão ao sair da rotunda de várias faixas, esse bloqueio dá origem a acidentes, buzinadelas e insegurança.
Fiquei sem perceber a necessidade de colocar ali aquela faixa amarela sem ligação a lado nenhum. Parece uma ciclovia plantada do nada numa rua movimentada em que a segurança antes e depois não é assegurada apenas para constar nos boletins municipais.
Quem conhece a zona, sabe que na rua por trás da rotunda junto ao cemitério de Agramonte é muito mais tranquila e "ciclável".
Espinho
Presidida pelo PSD
Para fazer a obra de "regime" e inaugurá-la a tempo das eleições autárquicas, a Câmara decidiu abater todas as árvores da Rua 19, o já chamado "arbocídio" em nome de uma ciclovia. A notícia do Público é desgastante: "árvores colidem com ciclovia e Câmada manda arrancá-las".
Em 2020, isto aconteceu - ver aqui. Levou-me refletir: se queremos cidades mais verdes, qual o custo em termos de segurança, localização e sacrifícios que é preciso fazer para ter as ciclovias?
Até que ponto a sua localização é exequível para as pessoas circularem em segurança? Até que ponto faz sentido "plantar" no meio da cidade e do caos do trânsito ciclovias de poucos metros? Já morreu pelo menos uma pessoa? Em Espinho, custou a vida a dezenas de árvores saudáveis.
Até que ponto uma fita para cortar em véspera de eleições prevalece sobre o bom senso.
No Facebook, vi esta foto tirada esta manhã:
Fiz o mesmo post no dia 30 de Julho de 2019.
Hoje estamos a 23 de Agosto de 2020.
Ou seja, conseguimos adiar em 23 dias o nosso défice de sustentabilidade. Seria uma boa razão se fosse algo permanente, mas sabemos que foi devido à paragem do COVID. Talvez esta seja a única coisa boa desta paragem massiva de todo o mundo.
Mantenho o que escrevi há um ano:
Se lá por fora, as políticas de grandes líderes como Trump e Bolsonaro não defendem o meio ambiente, por cá também temos problemas. Nos últimos tempos tem-se falado muito na poluição do Rio Vizela e do Rio Ferreira. Eu próprio já denunciei o regato que passa em Espinho. O que mudou? Pouco ou nada.
Da minha parte, insisto nos comportamentos mais saudáveis: andar a pé, poupar água e eletricidade (na verdade pesam no orçamento) e fazer a separação do lixo.
Pela primeira vez na minha vida e acho que na maioria das pessoas, assistimos a um cenário mundial em que "pára tudo!".
A população é mandada para casa sem saber até quando e com tudo suspenso.
Ponho-me a refletir em quão frágil é o ser humano. Após tanto inovação, automatismos e tecnologia, como é que um vírus faz parar o mundo, lança o pânico e não há solução.
Acho que agora, muitos de nós vamos dar valor a pequenas coisas como a liberdade (porque não?), a importância de ter uma horta em casa e dos defeitos da globalização.
Não dramatizo e vou continuar a ir para o trabalho com normalidade (enquanto não houver ordens superiores em contrário). Naturalmente os cuidados vão ser redobrados.
A propósito, há uma boa notícia: os níveis de poluição baixaram muito no último mês. A paragem de muitas fábricas na China e a redução de voos tornaram o planeta mais limpo. É isto é estranho e paradoxal.
PS: Nem vou comentar o pessoal universitário (!!!) que foi para a praia!
Não conhecia este projeto até receber um email simpático da equipa do site para partilha de ideias.
O Roupeiro.pt é um site de compra e venda exclusiva de roupa usada (do género OLX).
Tem uma vertente mais ecológica e sustentável e a nossa conversa versou sobre isso. Simpatizo com projetos diferentes e que versam inovação e menos desperdício. Nunca me ocorreu esta solução para comprar ou desfazer de roupa que já não uso.
É um retorno à infância e às (boas) práticas da minha avó.
Há cerca de um ano que comecei a comprar o meu lanche levando um saco de pano para o pão.
Foi uma das "resoluções" de 2019 que se intensificou depois da troca de carro.
Comecei a andar mais a pé e a comprar o pão para o lanche do dia seguinte nas padarias e "pão-quente" das redondezas.
Noto imensa diferença na qualidade, sabor e duração do pão dos hipermercados e os do "comércio local". Prefiro mil vezes estes e em 2020 (já vai em mês e meio) ainda não comprei pão nos "hipers" e quero continuar a evitar.
Estava a acumular algumas sacas de papel do pão e apercebi-me do enorme desperdício. Numa feira de Artesanato comprei uma saca de pano (a da foto) e trouxe outra de Verona com o meu nome impresso . No Natal, recebi outra de presente.
Muitas vezes falamos em sustentabilidade e em reduzir. Estou nesse caminho.
Porém ainda nenhuma padaria fez um desconto pela poupança que lhes estou a dar.
Estes dias ouviu-se uma notícia que os portugueses reciclam muito pouco. Muitas desculpas existem.
Há uns minutos atrás, ao passar pelo ecoponto à beira da minha casa deparei-me com este cenário.
Uma alma teve o trabalho de levar lixo reciclável e colocá-lo ao lado do ecoponto, mas não o separou nem o colocou no contentor. Resultado: algum cão passou e deixou esta badalhoquice na via pública.
Cá em casa tenho umas sacolas que nem 1 € custam. Separo em casa e depois é só depositar no contentor correto. Não dá trabalho nenhum. Basta vontade e pensar no amanhã.
Seguindo a tradição dos últimos anos, vamos lá fazer o balanço de 2019.
Em geral, foi um bom ano. Mais calmo que o anterior.
- Saúde
Tudo ótimo felizmente. Sem incidentes.
- Família
Dentro da normalidade, felizmente. Tudo ótimo de saúde e energia.
- Mudança de carro
Adiei bastante esta troca. Quis evitar o recurso ao crédito bancário, por isso adiei, esperando pelo momento e oportunidade certa.
- Bélgica, uma boa surpresa
Maio foi o mês escolhido para fazer uma pausa e ir à Bélgica. Um mês sem grandes confusões e um destino com voos baratos. A base foi Bruxelas, sem grande azafama devido às eleições europeias que se realizaram nos dias seguintes. Com uma excelente rede de comboios, visitei Antuérpia, Ghent e Brugges.
- Itália, uma tour
Em Setembro optei por Itália. Um destino planeado com alguns meses de antecedência. Comecei em Roma e terminei em Milão, visitando um total de 6 cidades. Uma altura sem confusões e com bilhetes de comboio comprados com 2 meses de antecedência.
- Coimbra, um regresso
Visitei Coimbra em Maio, num fim de semana. Já não ia lá há mais de dez anos. A cidade pareceu-me parada na "tradição" o que não é necessariamente bom. No mesmo fim de semana, visitei a Quinta das Lágrimas e a Serra da Lousã.
- Piodão em família
No primeiro semestre, fomos a Piodão e no regresso passamos pela Mata do Bussaco e a sua fantástica escadaria.
- Exercício físico
Depois da cirurgia de 2017, continuei as boas práticas desportivas. Comecei a correr certinho semanalmente com um grupo e fui a algumas "provas". Prefiro chamar eventos. Corro para comer . Tudo na desportiva.
- Peregrinação ao S. Bento
Agosto, véspera de feriado. Com uma malta, fomos em peregrinação desde a estação de Braga até ao São Bento da Porta Aberta. 8 horas a caminhar durante a noite. A experiência mais exigente e inédita do ano.
- Alimentação
Dei continuidade ao compromisso de reduzir as carnes vermelhas, comer mais vegetais e carnes branca. Procurei também optar por alimentos biológicos e mantive a minha determinação em fugir aos alimentos mais processados.
- Redução de consumo e andar mais a pé
Mais consciência ecológica e financeira, fizeram-me ser mais criterioso no consumo. Optei por reduzir os resíduos, reciclar mais e andar mais a pé.
Se 2020 for igual a 2019 já será muito bom!
Este ano, cá em casa não houve embrulhos em papel que não tivesse vindo da loja .
Optamos por reutilizar sacos de papel de outras compras que estavam guardados. O mesmo fiz para trocas de prendas do "amigo secreto" (As sacas da Multióticas dão um jeitaço).
Quando pensamos na quantidade de árvores e de desperdício de papel diretamente para o lixo (e ponho muitas reticências sobre os que reciclam...), preferimos cá em casa REDUZIR. Passar das palavras às ações.
Assim, e sem intenções de querer despitar prendas com marcas, em casa, foi um jogo engraçado.
Estes dias têm sido muito trabalhosos e por isso tenho andado mais ausente. Espero esta semana voltar a estar mais ativo.
Recebi esta semana uma encomenda online, cuja caixa em cartão era grande. Resolvi reaproveitá-la.
O Instagram também dá ideias. Vi esta sugestão lá e dei uma segunda vida à caixa. Retirei da gaveta algumas t-shirts de corridas que não uso habitualmente e "arquivei-as" na caixa.
Ontem ao vir para casa, deparei-me com este deposito de publicidade de um prédio.
Um conjunto de catálogos depositados à espera que alguém (?) pegasse neles. Hoje em dia fala-se tanto em desperdício, em reduzir os resíduos e numa economia mais verde. E depois vemos estes comportamentos.
Podem argumentar que é para as criancinhas não escolherem os brinquedos a olharem para ecrãs e apesar de não ser a única marca a matar árvores a imprimir catálogos que vão para o lixo, não deixo de discordar.
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