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Nos últimos dias temos sido confrontados com problemas no SNS. Não são greves (agora que o PCP saiu do Governo os sindicatos acordaram), mas a falta de médicos e a contínua agressão a esses profissionais.
Mais do que em qualquer dos outros meses, a comunicação social está a dar amplo destaque ao caos que reina na Saúde. Entre falta de médicos, escalas mal feitas, uma coisa parece certa: uma enorme falta de planeamento, desorganização e muito desleixo.
Se na pandemia, todos elogiamos o desempenho dos lideres da saúde em Portugal, mesmo sabendo o custo que teve ao nível da desvalorização de outras doenças e da camuflagem de problemas crónicas, agora a bomba explodiu. Uma crise simultânea em vários hospitais.
Será que alguém já parou para pensar o que sente a família do bebé que morreu nas Caldas da Raínha?
Haver problemas é normal, mas é preciso saber resolvê-los.
Mais de dois anos depois, ainda se usa a desculpa da pandemia para justifcar falhas nos serviços de apoio ao cliente.
Que conveniente.
Há duas semanas, os meus pais apanharam covid. Tiveram os sintomas e fizeram o autoteste que deu positivo. Não contaram para as estatísticas porque do lado da Saúde 24 ninguém atendeu. O bicho passou com Bruffen e Benouron.
Apesar dos cuidados, 5ª feira chegou a minha vez. Primeiro uma dor de garganta e na 6ª feira febre ao fim do dia. Sábado engripado, Benouron e Bruffen. Na 2ªf já estava bem e já trabalhei (em teletrabalho naturalmente), embora com dor de garganta. Foram as primeiras a vir e as ultimas a ir. Consegui os códigos pela Saúde 24, seguindo as indicações do atendedor automático. Hoje, 5ª feira, já estou totalmente recuperado.
Entretanto também a minha avó começou a sentir moleza e falta de apetite. Fez o auto teste e ... positiva. Eficaz a vacina que não lhe deu sintomas quase nenhum. É a mais velha, mas a com mais defesas. A minha mãe tentou ligar para a Saúde 24, um enfermeiro reencaminhou para outro e depois ... 90 minutos de espera até que desligou.
Como os sintomas não agravaram não houve PCR, nem chamadas para 112.
Conclusão: 3 pessoas com COVID em casa, mas nenhuma rastreada pelo Saúde 24. Nenhum entrou nas estatísticas.
Para as pessoas mais velhas, andar com emails, sms's, códigos e complicómetros não dá...
Se o Governo direciona as pessoas para a linha telefónica tem de lá colocar meios...
Já dizia o Trump que a solução para baixar o nº de novos casos era não testar. O nosso Governo parece ter aprendido... a melhor forma de não ter más estatísticas é não ter meios de acompanhamento junto dos mais velhos.
Nas últimas semanas, o que tenho visto no meu círculo mais próximo de amigos e colegas têm sido muitos casos de covid, mas com sintomas e consequências muitos semelhantes às de um resfriado normal de apanhar no Inverno.
Aos poucos vai-se voltando à normalidade, sendo inegável o sucesso da vacina e da vacinação.
São duas coisas diferentes, que em Portugal resultou bem. Para o bem e para o mal somos bem mandados.
Espero que algumas restrições sejam levantadas, bem como que passe a moda dos testes. Ainda não percebi bem a real utilidade nalgumas situações. Parece-me mais excesso de zelo...
Quanto à obrigatoriedade das máscaras, honestamente não me choca nada se continuarem preventivamente. Da minha sensibilidade, penso que até nos espirros, por exemplo, controla mais a propagação de vírus de constipação.
Posto isto, e se não aparecer uma nova variante, oxalá continuemos o regresso à normalidade e que consigo reconstruir os cacos que os confinamentos nos deixaram.
Volta e meia, somos surpreendidos com uma espécie de pânico coletivo.
Esta correria aos testes, nalguns casos "porque sim", faz-me lembrar o pânico gerado pela greve dos motoristas de combustível.
É uma espécie de stress emocional que vem abalar o normal funcionamento das nossas vidas.
Os dirigentes do país ordenaram "testar, testar, testar", instruindo as pessoas com o medo e alguns postos gratuitos. A população aderiu, mas como é habitual faltou o planeamento: não se garantiu pontos de testagem suficientes e, pior, não se reforçou a linha Saúde 24.
Vemos pessoas que se vão testar por medo e que não têm qualquer sintoma, tirando a vez a pessoas que contactaram infetados ou que estão sintomáticas.
O pior vem a seguir: há um entupimento da linha Saúde 24 e esta não responde a casos não covid, bloqueando as urgências.
As restantes doenças e maleitas das pessoas ficam por tratar, sobretudo os que não podem aceder aos hospitais e clínicas privadas. Por aqui se vê uma das formas de como o covid pode aumentar as desigualdades sociais.
Mais uma falta de planeamento e de comunicação sempre a pensar nas eleições. Enquanto se fala no COVID, não se fala de outras coisas.
Muito se fala em saúde mental, sobretudo com a pandemia, mas poucas ou nenhumas ações se fazem.
Não sou psicólogo nem parecido, pelo que o meu expertise é muito residual. Porém consigo ter o discernimento para perceber que a pandemia nos afetou a todos nós. Cada um à sua maneira, mas agravou o que já não estava bem.
Ontem assistimos a um filho que tentou assassinar a sua mãe e depois suicidou-se, após uma exaustão mental no seu papel de cuidador informal. Não é um mero caso para a CMTV explorar. É muito mais que isso. Reza a história que pediu ajuda ao Estado, mas que lhe foi sempre negada.
Venderam-nos a história que no pós pandemia haveria um plano para recuperar a saúde mental das pessoas. O único plano que vejo é vender um PRR para ganhar eleições. Este foi um caso, mas muito mais virão.
Estamos mais sensíveis, estamos saturados de estar em casa, de viver com medo e as pequenas coisas ganham dimensão.
Isto aplica-se sobretudo na nossa vida familiar, na nossa saúde física (os problemas do SNS continuam os mesmos - falta de resposta às necessidades da população - nada mudou!), no nosso circulo social, profissional e sobretudo na nossa mente.
O fantasma de novo confinamento, o medo do COVID e das restrições (muito empolada pelos noticiários diga-se de passagem - a SIC estes dias dedicou quase 1 hora em horário nobre ao vírus) atormentam ainda mais a população.
Vamos voltar novamente ao confinamento e a incerteza volta a pairar no ar... já não há a esperança da vacina e começa a haver um padrão: um aumento de casos de covid no Inverno.
Ao fim de dois anos concluímos que há duas metades no ano:
- de Maio a Dezembro onde podemos fazer planos, cuidar da nossa saúde física e mental, viajar, socializar e ter alguma normalidade.
- de Janeiro a Abril confinados, com restrições, sob ameaça de limitações e a viver na ansiedade dos números que as televisões mostram (e a aturar o Ricardo Mexia e a Susana Peralta a comentar em tudo o que é canal ).
Posto isto, o que podemos fazer para inverter a situação: vacinamo-nos, cumprimos a tirania implícita nas limitações, resignamo-nos e adaptamo-nos a este padrão. A esperança de evitar estas restrições agora virou zero.
PS.: Mais uma vez o teletrabalho vai ser obrigatório em Janeiro (não acredito que seja "só" uma semana - devem ser 4 meses como em 202 e 2021), na altura de mais frio e lá vem o aumento na conta de eletricidade uma vez que se estivesse na empresa não gastaria tanto aquecimento.
Esta semana falava-se do pós pandemia e do regresso à vida normal.
A minha opinião face há um ano atrás, mantém-se.
A maioria das pessoas tem receio apenas para o que convém e o covid é desculpa para tudo. Mesmo para as coisas que antes da pandemia faziam parte do dia a dia e eram um dado adquirido e ninguém se queixava, agora viraram um drama. Porém, dois pesos e duas medidas para as coisas que interessam (como os jantares, as férias, os convívios, ...).
A pandemia serve de desculpa para tudo. Até para justificar o que corre mal e que já vinha a definhar antes da pandemia. O covid é mesmo a "ovelha negra".
Agora que há vacina e apesar de se passar a mensagem de que esta é a solução para todos os problemas, vamos normalizando as nossas vidas. Procuro ter cuidado, sigo a doutrina obrigatória do certificado, mas não ajo o exagero dos meses passados.
- Os negacionistas manifestaram-se aos empurrões ao Almirante, estrategicamente colocados, para os diretos das televisões, a contestar nem percebi bem o quê.
Qual foi a parte do "voluntário" ou do "vacina não obrigatória" que não entendera,?
A resposta do Almirante foi estupenda: “o negacionismo mata”.
Ontem foi a descredibilização completa deste movimento que pecou muito ignorância e show-off.
- O Mercadona está em força a abrir aqui na região.
Fui ao de Espinho - prateleiras vazias com um claro défice de aprovisionamento. Preço da fruta elevado (caro), pouco sortido (só marca própria) mas trouxe uns mini magnuns deles. Bom preço, mas muito doces - não recomendo. Não fiquei nada convencido. Muita publicidade e fama, pouca uva.
Esperava outra coisa, depois desta febre de abertura vamos dar uma 2ª oportunidade.
- Lá por fora, o Afeganistão é notícia e não pelas melhores razões. Os talibãs extremistas e regressistas tomaram conta do país (mal após Donald Trump sair do poder ...). Pouca felicidade e segurança se espera para o mundo e para aquele povo.
- Alguém este fim de semana, alertou para a lei da Paridade nas autárquicas. A lei é cumprida, mas a mulheres são relegadas para posições sem relevo. Olhando para as principais câmaras não se vêm mulheres candidatas com probabilidade de ganhar.
Lisboa - 2 homens
Porto - 1 independente homem + 2 homens
Braga - 2 homens
Aveiro - 2 homens
Gaia - 2 homens
Oeiras - 2 homens
Coimbra (vá, vou incluir aqui nesta lista mas o peso da cidade é cada vez menor) - 2 homens
A única que consegue chamar a atenção e não pelos melhores motivos é Susana Garcia, vá se lá saber o que Rui Rio pretendia com isto. Por outro lado, Rui Rio aposta em Freixo de Espada à Cinta numa presidente com graves acusações e que tentou agredir um jornalista que a investigava. É isto.
- Feriado, 15 de Agosto, dia da Assunção. Foi dia de atividade diferente com ida ao Santuário da NS da Saúde a correr. Brevemente contarei pormenores.
Continua o caos nas medidas da COVID 19.e respetiva comunicação.
Então agora, para ir comer a um restaurante ou num centro comercial sem esplanada tem que se ter teste negativo (e pagar por ele) ou estar vacinado ...
Honestamente, acho absurdo.
Vou estar a pagar um teste porque não tenho vacina.
Não tenho vacina porque como qualquer cidadão normal, esperei pela minha vez.
Não passei à frente de ninguém, nem em happy hours com informação privilegiada, nem por ter padrinhos médicos, nem porque sou xico experto. Agora, se quiser ir a algum lado comer ou dormir sem ter de pagar 5 € diários, não o posso fazer.
Então e quem tem de almoçar em shoppings por estar em trabalho, se ainda estiver em lista de espera devido à idade, não pode comer? Eu ainda não fui vacinado porque não pude e porque fui bom cidadão. Agora, a consequência são mais restrições.
Concluo, que o xico espertismo e falta de vergonha ao desrespeitar a ordem da vacinação compensa.
Não sei qual a intenção do Governo, mas se é pregar mais um prego na restauração e hotelaria, estão no bom caminho.
Já agora, vão deixar deduzir as despesas com testes comprados em hotéis/restaurantes em IRS como despesa de saúde?
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