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Em Janeiro, partilhei no blog que uma das resoluções para 2023 seria correr menos, seguindo a sugestão médica.
Ao fim de um mês, notei na roupa que já mais estava mais gordinho.
Por "rei morto, rei posto" - inscrevi-me na natação.
Já tinha praticado em miúdo, é um desporto muito saudável e que trabalha o corpo todo.
Inscrevi-me na natação para adultos na Piscina Municipal perto de casa.
Comprei uma touca, uns calções, uns óculos e uns chinelos e lá fui eu! Tive uma sessão de enquadramento e colocaram-me entre o nível 2 e 3 num total de 4. Como já não nadava há anos, increvi-me no 2. Algumas aulas depois, à data de hoje, talvez devesse ter-me inscrito no 3, mas pronto, agora, fica para o próximo ano letivo.
Estou a gostar. Ao contrário do que pensava, na minha turma tem pessoas jovens.
Uma questão curiosa: há muita disparidade entre munícipios no que aos preços diz respeito. Visitei duas piscinas em dois concelhos diferentes porque moro na fronteira e a diferença é muito grande. Sendo público, acho que deveria haver uma alinhamentos entre as autarquias.
Nos últimos dias cruzei-me com duas stories patrocinadas no Instagram que não gostei e explico porquê.
A primeira era de um shopping que publicitava uma marca de calças ganga portuguesa com loja nas suas instalações. A modelo correspondia a todos os estereótipos: loira, alta muito magra, com o rabo empinado virado para a foto.
A segunda era um do ginásio que convidava o utilizador a juntar-se à "tribo". O modelo de meia idade (vá lá!) correspondia aos estereótipos: morenaço e todo musculado.
Não gostei do facto de ambos os anúncios nos apresentarem, como perfeitos, corpos que não representam o português comum e nem o 100% saudável nem recomendável.
No caso das modelos, visto por muitas jovens o passaporte para a fama e para as novelas, quantas vezes vemos denúncias de pessoas que sofreram bulímia, anorexia e complexos por não atingirem o que consideram corpos perfeitos? Quantas têm uma alimentação pouco saudável para não engordar? Passam por privações alimentares? A marca portuguesa e shopping poderiam ter escolhido alguém mais "comum" e não tão magro.
No caso do ginásio, para atingir os corpos musculados, vemos (por ex. nas redes sociais) muitas pessoas a tomar e a promover empresas de suplementos cuja eficácia e necessidade é muito questionável. A maioria das pessoas que vai para os ginásios não ambiciona ser "musculada" nem o objetivo dos ginásios deveria ser para musculados. Deveria ser antes para atrair mais pessoas para o exercício físico e uma melhor saúde (aliás esse é o argumento para chorarem por apoios e incentivos fiscais - Portugal tem das taxas mais baixas da União Europeia de praticantes de desporto e estes anúncios contribuem precisamente para essa desmotivação).
As empresas são livres de escolherem quem quiserem, bem como eu também sou livre de não me identificar com as mensagens.
Uma das minhas resoluções para 2023 é diminuir as corridas.
Sim, é o contrário do expectável.
Tem-me aparecido uma dorzita no pé direito e só me aparece quando corro com mais regularidade e em contínuo. Como não quero prejudicar a minha saúde, decidi para mim mesmo abrandar muito significativamente este exercício. Correr com dor, não!
Então, só irei correr em eventos pontuais e gratuitos, onde é muito mais fácil gerir o esforço pois para-se mais vezes para tirar fotos.
Assim, este fim de semana voltamos ao Alet(g)ria trail pelas encosta do Rio Douro, no Olival (junto ao Centro de Treinos do FCPorto).
Ficam algumas fotos
Este mês, não mexo mais nas sapatilhas.
Quem me segue, sabe que gosto de correr e costumo participar nalgumas corridas e trails.
Há um ano atrás, queixei-me aqui no blog do preço excessivo que algumas organizações andavam a praticar. Na altura a desculpa era o covid. Referi que cada um é livre de exercer os preços que quiser, vai quem quer e comigo não contariam.
Um depois, cumpri a minha promessa.
Fui apenas a 5 eventos pagos (nas restantes vinha do pré covid ou ganhei por passatempo). Nestes 5 estabeleci para mim o tecto de 10 euros e assim foi.
Não me inscreverei em nenhuma são silvestre e apenas participarei em treinos abertos (gratuitos) ou passatempos, como aliás tenho feito. Procuro fazer uma corrida com os meus amigos pelo menos uma vez por semana sem competição.
Neste ano de 2022, reparei que as provas têm tido muito menos gente. Nalguns casos, centenas a menos.
Noto que há menos pessoas com o bichinho competitivo e mais sedentárias. A principal causa parece-me, porém, ser o preço cada vez mais elevado das inscrições (a que se soma a deslocação) e organizações com cada vez menos "ofertas". Mesmo nos grupos amadores, há cada vez menos gente e sobretudo velhas caras. Não se vêm pessoas novas. É pena!
Em Setembro, houve a Semana Europeia do Desporto. Estive atento mais uma vez e vi muita centralização (2 caminhadas/corridas gratuitas apenas em Lisboa e Famalicão) e pouca divulgação e atividades nos restantes concelhos. Uma pena!
Até ao fim do ano e para 2023, vou continuar a ser seleto. É daquelas despesas que continuarão controladas.
Ganhei um passatempo no Instagram de uma corrida em ... Coimbra. É daquelas coisas que participamos, pois até parece perto.
Quando ganhamos, pensamos duas vezes se fizemos bem em concorrer. Hesitei até à véspera se haveria de fazer a viagem de carro. Além da distância, os combustíveis estão caros. Ainda procurei pelo comboio mas a CP estava de greve domingo de manhã e os autocarros partiam apenas do Porto onde não há estacionamento. Mas pronto, como era um evento diferente e não paguei nada, lá fui.
O Multisports durou dois dias, com triatlo, duatlo, aquabike e outros desportos no Rio Mondego, como a corrida. Quando vi os preços que estavam a praticar, percebi porque estavam a precisar de encher blocos de partidas e a oferecer passatempos...
Lá fui, cheguei a Coimbra, fui levantar o dorsal, onde ofereceram uma garrafa e um porta dorsais e fui dar uma volta ao Parque Verde do Mondego.
Ainda não foi desta que vi o urso. Descobri mais tarde que está do outro lado da ponte.
Bom ambiente, mas a corrida começou às 11h. Ora estava um calor infernal. O percurso foi bonito e por zonas que não conhecia. Percorreu o Parque Verde, o Choupal e veio pela Zona Histórica. No fim, um belo repasto (só tinha visto nos trails) para a malta. A t-shirt da praxe não faltou, mas foi a primeira vez que vi ofereceram só aos finalistas na meta. Quem quisesse podia dar mais que uma volta, fazendo uma meia ou a maratona. Porém, correr na hora de maior calor não é saudável, nem havia necessidade disso.
Isto para dizer que um evento que poderia ter mais adesão perdeu-se no preço elevado e nas condições adversas a que sujeitou os participantes pela hora em que foi marcado.
Para completar, dizer que o Choupal pareceu-me muito bonito e agradável. Um dia que volte a Coimbra irei percorrê-lo (mas a caminhar ).
Quando vimos que iria haver uma caminhada à Santa Rita, em dia de feriado, nem hesitamos. Inscrevemo-nos logo. Seriam 25 km desde Seixezelo (VN Gaia) até Ermesinde. A maioria dos caminhantes não foi cumprir promessa, foi na desportiva.
Na véspera deixei tudo pronto: protector solar, roupa clara, colete refletor, mochila, água, meias de caminhada e o chapéu com abas.
06h30min e estavamos todos junto à Igreja de Seixezelo, ponto de encontro. Já se sentia quente na aurora do dia.
Começamos a pôr pés a caminho e seguimos pela EN 1 até Santo Ovído, passando pelos Carvalhos e pela Rechousa. Descemos a Avenida da República e cerca das 8h30m já tínhamos percorrido 10 km e paramos no Jardim do Morro para beber água, comer qualquer coisa e, claro, tirar fotos.
A perspetiva da linha do Metro do lado de Gaia é muito sui generis
Atravessamos a ponte e já com o sol a brilhar deixamo-nos deliciar pelas vistas da Ponte D. Luís I.
Fotos tiradas, seguimos pela Praça da Batalha, onde alguns colegas pararam para tomar café. Eu aproveitei para tirar mais umas fotos.
Seguimos caminhada pela Rua Santa Catarina, Bonfim e prosseguimos pela Areosa onde faríamos a segunda paragem. Hidratar, comer qualquer coisa e seguir. O sol estava alto e muito quente. A partir daí foi seguir em frente e virar para Ermesinde. Por volta das 11h30 chegamos.
Ir à igreja, descansar à sombra, comprar uns docinhos para trazer para casa e voltar no autocarro que o grupo alugou.
Já votei hoje.
Esta medida de dar a possibilidade de se votar em dois fins de semana só pecou por tardia na nossa democracia e espero que seja para ficar. Se nas autárquicas é impossível, nas restantes eleições parece-me bastante prático.
Nestas eleições legislativas, não tinha ninguém na minha mesa de voto. Cheguei cerca das 12h, mostrei o cartão de cidadão e deram-me o boletim de voto do meu distrito. A abstenção é um dos maiores riscos da democracia e por isso exerci, exerço e exercerei sempre o meu direito que puder.
Antes, porém fui fazer a minha corrida ao Europarque, Santa Maria da Feira. Aos poucos felizmente estas atividades começam a voltar. Esta semana foi o dia das Fogaças (20 de Janeiro) e estando perto não podia deixar de trazer uma cá para casa.
E para quem não conhece aqui fica a foto da fogaça (espécie de regueifa doce mas com 4 bicos que representam as torres do Castelo da Feira).
Este feriado começou bem cedo.
Já andava para fazer algum tempo o Trail dos Pernetas, mas veio o covid e marcaram um treino gratuito para este feriado dia 8 de Dezembro (não vou escrever o nome do evento porque senão bloqueiam-me o post ). A tempestade fez-me hesitar, porém como davam aguaceiros lá pus o despertador para cedo no feriado e rumei até Canedo, Santa Maria da Feira.
As expectativas eram elevadas pois já tinha ouvido dizer muito bem da organização.
Levei a minha mãe comigo que tem lá uma grande amiga enquanto fui experimentar o famoso quintal. Muita gente conhecida da zona e que bom que foi relembrar algumas caras para pôr a conversa em dia. Às 9h começou a versão dos 10 km que eu me propus fazer.
Trilhos muito bem marcados, com uns aguaceiros a desafiar a coragem, mas felizmente não foi aquela chuva torrencial. Um bom monte para correr, sem descidas a pique (que é o que menos gosto) e com o brinde atravessar várias vezes o rio Inha (sempre em segurança, sem "invenções", o que saúda principalmente para quem vai por desporto e como amador). O percurso inclui muito arvoredo e parte é ao longo do leito do rio, sendo um deleite. Pelo caminho ainda houve dois abastecimentos com direito a uma bifana e uma bebida no fim. Sendo uma prova gratuita, nada mais se pode pedir ao nível da organização.
Fantástico! Adorei!
Agora, a tarde é para descansar.
Quem me segue há algum tempo sabe que gosto de correr e que de vez em quando costumo participar nalgumas corridas.
É algo ilógico pagar para correr, mas não eu próprio sei explicar porque entro nisto ...
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Este fim de semana participei na primeira corrida pós covid. Ganhei um dorsal num passatempo do Facebook, daqueles tag "Marque dois amigos" e depois vá a sorteio.
A corrida foi no Europarque, em Santa Maria da Feira, e faço já o meu primeiro elogio à CM da Feira pelo dinamismo que tem dado ao elefante branco. Todos os fins de semana há eventos (seja congressos, espetáculos ou saraus) e ao domingo, os jardins enchem-se de corredores pois há um grupo com hora marcada e com monitores pagos pela Câmara. Os jardins estão cuidados e o famoso restaurante chama também pessoas ao local.
Quem pagou, desembolsou 11 Euros. O percurso é muito engraçado, a medalha idem, mas se o preço já era exagerado, a surpresa veio no fim por duas razões: prometeram uma distância mas foi menos e nem uma maçã deram. Apenas deram água. Com tantos patrocinadores e sendo uma prova exigente com trilhos, a cobrar 11 Euros acho inadmissível.
Na São Silvestre do Porto, outro escândalo. A organização está a cobrar 15 Euros por 10 km, quando em 2020 já cobrava 12 Euros.
Em geral, nota-se que há uma enorme inflação dos custos das corridas lúdicas no pós covid. Seja para afastar multidões, seja por ganância, seja para cobrir os prejuízos, acho um exagero os valores pedidos. Claro que vai quem quer, mas também tenho o direito de achar exagerado e discordar.
Comigo não contam com estes valores!
Terminaram os jogos olímpicos.
4 medalhas para Portugal e com um apelo comum dos participantes: apostar mais na Educação Física nas escolas.
Temos uma população muito sedentária, agravada pela pandemia e com adultos e miúdos cada vez mais fechados em casa a jogar Playstation e/ou entretidos com ecrãs.
O hábito de brincar na rua, correr e até jogar à bola perdeu-se.
Sobre este último, ouvem-se queixas recorrentes de alguns pais que maltratam árbitros e treinadores pois acham que os seus filhos vão ser todos Cristiano's Ronaldo's. Por outro lado, procura-se incentivar o desporto feminino, chamando meninas para o futebol, havendo ainda muito preconceito.
Já o disse uma vez e continuo a defender que a natação deveria ser obrigatória nas escolas, pelo menos uma vez no percurso obrigatório escolar.
Não só porque é o desporto mais completo porque trabalha todos os músculos, mas também tendo Portugal metade do seu perímetro mar, mitigaria afogamentos. Claro que há limitações como a existência de piscinas, mas com os fundos europeus das últimas décadas quase todos os concelhos têm uma piscina coberta.
PS: Lembrei-me agora que no Colégio Ribadouro havia dispensa de Ed. Física para agradar aos pais pagantes. Como é óbvio não me refiro a essas fraudes
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