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No passado fim de semana, às 5 da manhã, um jovem de 19 foi morto à facada quando denunciou e tentou pôr fim à colocação de droga em bebidas de raparigas num bar em Braga.
O tema passou despercebido, numa espécie de sobranceria de alguma imprensa, para quem noticiar o crime é desprestigiante e fica apenas a cargo da CMTV.
Adiante, o Manu fez o que qualquer pessoa de bem faria (?)
Ao antecipar um crime e algo que prejudicaria inocentes, procurou pôr fim à manipulação das bebidas. Resultado: acabou morto à facada pela tribo, para quem a noite não é para se divertir, é para violar mulheres. Quando comecei a sair à noite, um dos conselhos que me deram foi não largar o meu copo e não aceitar bebidas de estranhos. Não é de hoje que este risco e estes tarados existem. Surpreende a forma tribal como agem e a frieza como se mata uma pessoa.
Lembro-me daquele programa do "E se fosse consigo?" em que se media as reações de anónimos perante discriminações e crimes públicos. A tendência é julgar quem não age por inérica ou por medo. O Manu foi destemido e pagou com a própria vida.
Não é mais um crime da noite! Não houve condecorações póstumas do Presidente da República. E logo Marcelo que espalha selfies e medalhas a torto e aditeito. Nem houve sequer uma palavra do Ministério da Juventude, de Administração Interna nem do Ministério dos Heróis. Diz-e que dos fracos não reza a história e é verdade.
Estamos em 2025, mas CP parece estar em 1995...
Na semana passada precisei de ir ao Porto e queria ir de comboio.
Procurei comprar o bilhete de ida e volta com antecedência, tendo inclusive um cartão SIGA na carteira.
Pois bem, fui ao site e não é possível comprar bilhetes para comboios urbanos.
Fui à app, também não é possível comprar bilhetes para comboios urbanos.
Desloquei-me à estação e na caixa automática mais próxima da entrada, havia um erro no ecrã. Ou seja, a caixa estava inutilizável.
(Será que não conseguem monitorizar à distância os erros das máquinas e resolve-los remotamente como acontece na maioria das empresas?)
Fui à segunda caixa da estação do outro lado da linha e, surpresa, o cartão SIGA estava fora da validade. Pelos vistos e absurdamente só tem um ano de validade. Tive de comprar um cartão novo. Fiquei chateado não pelos 0.50 Euros mas pelo desperdício e inutilidade de comprar um cartão novo quando já tinha um e de a CP ainda obrigar a cartões físicos para viagens.
Pior ainda, nem existe a possibilidade de pedir contribuinte na máquina de venda automática - tem de se pedir por um site depois da viagem! Vá lá que deu para pagar com Multibanco....
Será que não há uns Euros para permitir um consultor configurar bilhetes electrónicos em comboios urbanos?
Estamos em 2025!
Quem me conhece, sabe que gosto de passear. Poupo durante o ano para poder turistar, procurando promoções ou marcando com antecedência para ter preços melhores. Ao contrário de anos anteriores, quis algo mais tranquilo. Menos cultural e mais "papo para o ar" (também faz falta!) Este ano, tirei em férias em Julho e optei por ir para fora.
Duas razões para isso: a primeira é que nos últimos anos fiquei em Portugal e os preços estão cada vez mais exorbitantes. A nossa hotelaria está com o seu umbigo virado para para os turistas estrangeiros com preços absurdos para o que oferece (um quarto e pequeno almoço). A obcessão em aumentar a receita por quarto escorraça os portugueses para outras paragens.
Vendo as opções de alugar apartamento ou hostel, a situação não melhora. Preços igualmente exorbitantes, com a agravante de termos o trabalho de andar com a roupa de cama às costas, de nem sempre a higiene estar assegurada entre inquilinos e correr o risco de ser burlado.
À estadia, tem de se somar a deslocação (gasóleo e portagens no mínimo), as refeições (e aí depende das escolhas de cada um, mas é sempre um custo elevado), isto e aquilo.
Fica mais barato ir para o estrangeiro do que ficar em Portugal.
Ou se tem sorte de arranjar pechinchas ou promoções, ou para o português de média baixa classe, é impossível.
Para concluir, hoje ao ler esta notícia do Observador (na verdade é um re-post da Lusa) que nos diz que o Algarve, é a região do país com salários mais baixos leva-me a duas questões: i) será uma questão de média com rendimentos elevados no Verão e muito baixos no Inverno; ii) serão mesmo os baixos salários da hotelaria e restauração mesmo com os preços absurdos que praticam?
Há temas que escrevo várias vezes porque me incomodam. Normalizar e ficar em silêncio é perpetuar a negligência.
Hoje acordei com a notícia de mais uma mulher morta às mãos do marido e um lar ilegal encerrado por maus tratos. Contava a reportagem que era frequente os idosos fugirem do lar a pedir aos vizinhos água e comida. As famílias pagam 1.000 Euros ao cuidador.
Como é possível? O que faz esta gente masoquista ao dinheiro se nega alimento e água a quem está ao seu cuidado e dependente?
Não consigo ficar indiferente e espero que haja punição para estes maus tratos.
Mais uma vez o Estado falha ao obrigar as famílias a recorrerem à ilegalidade por falta de vagas.
Mais uma vez a responsabilidade falha dos vizinhos que sabiam e sentiram os pedidos de ajuda dos idosos. Ignoram e não denunciam (medo de retaliações, talvez).
Mais uma vez, masoquistas se aproveitam do desespero das famílias e da falta de resposta do Estado para maltratar os mais velhos.
Em Janeiro escrevi isto sobre a loucura dos preços praticados no Algarve:
Fico chocado com os preços pedidos pelos nossos hotéis e com esta antecedência.
Os nossos hoteleiros andam loucos, com preços absurdos para o bolso do português comum. Na pandemia souberam apelar ao turismo interno, mas se já no ano passado me queixei, este ano queixo-me outra vez (e estamos em Janeiro).
Procurei inclusivamente fora do Algarve.
Se esta ganância significasse melhores salários para os funcionários, ainda havia uma razão, mas nem isso...
Agora vejo os empresários a queixarem-se que não têm procura. Mas... estavam à espera de quê?
Preços absurdos, onde fica mais barato ir para fora do que ficar no nosso próprio país. Não tenho pena dos empresários algarvios. Estão a colher o que semearam. Pena tenho dos trabalhadores que recebem baixos salários e alguns ainda ficam sem emprego.
Esta 6ª feira, fui sair com os meus amigos. Fomos jantar e depois à discoteca.
À saída, surpreendeu-me o modo "profissional" com que o pagamento era feito: em computador, com fatura, com multibanco e com contribuinte. Fiquei admirado!
Reparei no IVA aplicado. Então cobraram-me:
- 6% de IVA pela entrada
- 13% de IVA pela bebida (água)
Fiquei chocado, então temos alimentos a 23%, temos protetores solares a 23%, a água, um alimento vital a 13% e uma entrada para a discoteca é a ... 6% ?!
PS: Alguém sabe porque é que os homens pagam mais que as mulheres na diversão noturna? Já não é o primeiro nem segundo que vou que isso acontece.
Esta semana, andei a pesquisar, com 8 meses e meio de antecedência alguns hotéis para dar um giro no nosso país no fim de Agosto, quando tenho férias.
Fico chocado com os preços pedido pelos nossos hotéis e com esta antecedência.
Os nossos hoteleiros andam loucos, com preços absurdos para o bolso do português comum. Na pandemia souberam apelar ao turismo interno, mas se já no ano passado me queixei, este ano queixo-me outra vez (e estamos em Janeiro).
Procurei inclusivamente fora do Algarve.
Se esta ganância significasse melhores salários para os funcionários, ainda havia uma razão, mas nem isso...
PS: A Vodafone anunciou por email que vai aumentar os tarifários em 7,8%. Será que vai aumentar os salários dos funcionários nesse montante igualmente? Seria bom...
Foi com horror, estupefação e muito alerta que vi o que aconteceu no Brasil, depois do que já se tinha sucedido no Capitólio nos Estados Unidos.
Um grupo de selvagens, com a cumplicidade de alguns polícias, atacaram as instituições democráticas por não aceitaram a derrota eleitoral.
Um sinal muito preocupante e claríssimo do perigo que é levar a extrema direita ao poder (e depois retirá-la).
São pela democracia para ganharem o poder, com um discurso contra os políticos, a corrupção, pelos valores. Mas depois... são isto, quando o povo percebe realmente quem eles são e os afasta democraticamente. Foi assim com Trump nos EUA, agora assim no Brasil.
Deixo mais dois comentários:
- com a crise de credibilidade do governo de António Costa, já vi um amigo a postar uma foto de Salazar a pedir o regresso da ditadura para acabar com a corrução e "mama" - expressão que o próprio usou - como se essa solução onde nada é escrutinadoe não há liberdade de imprensa não piore ainda mais o cenário.
- é comum ver polícias difundir posts do Chega nas redes sociais. Estão no seu direito, mas noto um descontentamento e uma carência de atenção por parte do poder político na sua proteção. Têm razão nalgumas situações, na minha opinião. Hoje vimos no Brasil polícia a tirar selfies com os criminosos. Que sirva de muito aula para o nosso país e para o choradinho dos sindicatos.
Durante o Mundial, foi divulgado um vídeo intimo de um jogador português nas redes sociais.
O jogador em causa tem 21 anos. Já é adulto, informado e sabe dos riscos que têm esse tipo de filmagens. Cometeu um erro de imprudência, mas nenhum crime. A receptora, mal intencionada, aproveitou-se do apogeu do jogador e partilhou a sua intimidade nas redes sociais. Uma partilha certamente não consentida. A situação foi abafada e bem. Mas há quem goste de mexer no podre e alimentar-se dele, tal com os abutres.
Nas minhas stories do Facebook, apareceu-me esta story patrocinada (ou seja o anunciante "CM TV" pagou ao Facebook):
Um grupo de media cotada na Bolsa portuguesa, a pagar para promover uma "notícia" que fere a vida privada de uma pessoa, ainda por cima figura pública.
Se isto nem sequer devia ser notícia, nem partilhado, muito menos ser "patrocinado".
É obsceno este aproveitamento, quer do jornal, quer da rede social.
Há limites do bom senso!
- Há duas semanas, fiquei supreendido quando ao vestir umas calças, reparei que já me estavam apertadas.
O descuido da dieta e do exercício durante as férias já se fez notar. Nem foi preciso ir à balança...
Por isso, nestes dias, foi o regresso às corridas, ao ginásio e à dieta. As refeições da "asneira" ficaram restritas às refeições sociais.
Notei bem, no ritmo da corrida, quão destreinado fiquei. Mesmo nas pequenas distâncias, muito lento e com vontade de parar. A máquina já está a olear e tem-me valido correr em grupo, senão a desmotivação seria ainda maior.
Por falar em grupos de corrida 3ª feira, véspera de feriado, fui a um em Gaia e passamos ao rio Douro:
- Continuo chocado com a diferença de preços entre a grande distribuição e o pequeno comércio de rua.
Hoje no Continente 4 kiwis custavam 3 €. Na frutaria da minha rua comprei 8 a 2,23 €.
- Na Ucrância, continuo chocado com as atrocidades russas que se ouvem à medida que vão abandonando as cidades ucranianas que ocupavam. Relatos demoníacos que podem sair impunes.
- No Irão, um eco internacional anormal da repressão e da polícia da "moralidade". A morte da ativista iraninana e (a falta de) resultados da autópsia vêm mostrar ao Mundo, se dúvidas houvesse, dos maus tratos e restrições que as mulheres sofrem nalguns países. De retaliação, o Irão, membro da OPEP, já cortou a sua produção de petróleo (apoiado pelos restantes países com medo do efeito contágio), fazendo disparar os preços. As nossas gasolineiras já o aumentaram esta semana.
- No Brasil, o voto envergonhado na extrema direita levou a uma segunda volta. A grande questão dos brasileiros não sei se é votar no melhor candidato ou no menos mau.
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