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Voltando ao tema da imagem

08.04.23

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O tema desta semana foi o preconceito contra o excesso de peso e a ditadura da imagem.

Já por várias vezes critiquei a forma como os media e a publicidade discriminam e perpetuam a obsessão do corpo "perfeito". Por isso estou à vontade para voltar ao tema.

 

- Maio 2021 - critiquei o texto de uma novela da TVI em que zombava com os "gordos" a troco da gargalhada fácil. A forma acrítica como foi interpretada pelas atrizes e o despudor dos autores em menorizar os outros.

- Abril 2021 - critiquei o cantor Diogo Piçarra por se ter sujeito a um "tratamento" atroz de perda de peso para ... ser capa de uma revista masculina. O ridiculo chegou ao ponto da própria esposa se vir queixar em público da performance sexual do marido dado o seu estado de exaustão física.

- Fevereiro 2023 - critiquei a escolha dos modelos pela marca Salsa e respetiva publicitação do shopping Alameda, bem como o modelo escolhido pelo Fitness Hut  na promoção dos seus serviços. A marca de roupa portuguesa por alguém extremamente magro e o ginásio português por alguém demasiado musculado.

 

Esta semana foi um cronista já reformado, com um discurso preconceituoso e discriminatório a criticar o peso de uma apresentadora (já nem vou pela questão de não ter referido nenhum apresentador masculino). Esta ideia de corpos perfeitos, de que só quem é magro é que é bom não significa nem mais saúde e muito menos mais auto estima.  São estes discursos e crónicas que levam a que as pessoas se sintam infelizes, frustradas e distúrbios como a anorexia.

 

Não posso deixar de criticar ainda duas coisas:

- mesmo depois da visada se ter sentido ofendida, o cronista não pediu desculpa. Mostra falta de humildade, conservadorismo e teimosia. Sou defensor do respeito pelos mais velhos e que idade não significa inutilidade. Ter espaços de opinião para vir com discursos do tempo da "outra senhora", ofender pessoas e nem sequer reconhecer os erros não é bom. Ainda há tempos, houve uma situação semelhante com um discurso machista de José António Saraiva contra a seleção de futebol feminino.

- A perseguição vil, doentia e maldosa do Correio da Manhã durante toda a semana à apresentadora. O mesmo jornal que paga ao Facebook para "patrocinar" notícias invasivas de um jogador de futebol que viu a sua privada e sexual devassada por uma ex-namorada.

Uma falta de respeito enorme pelos outros!

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publicado às 09:47

Os patrocinadores abutres

27.12.22

Durante o Mundial, foi divulgado um vídeo intimo de um jogador português nas redes sociais.

 

O jogador em causa tem 21 anos. Já é adulto, informado e sabe dos riscos que têm esse tipo de filmagens. Cometeu um erro de imprudência, mas nenhum crime. A receptora, mal intencionada, aproveitou-se do apogeu do jogador e partilhou a sua intimidade nas redes sociais. Uma partilha certamente não consentida. A situação foi abafada e bem. Mas há quem goste de mexer no podre e alimentar-se dele, tal com os abutres.

 

Nas minhas stories do Facebook, apareceu-me esta story patrocinada (ou seja o anunciante "CM TV" pagou ao Facebook):

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Um grupo de media cotada na Bolsa portuguesa, a pagar para promover uma "notícia" que fere a vida privada de uma pessoa, ainda por cima figura pública.

Se isto nem sequer devia ser notícia, nem partilhado, muito  menos ser "patrocinado".

É obsceno este aproveitamento, quer do jornal, quer da rede social.

Há limites do bom senso!

 

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publicado às 15:12

Proeminente

20.11.21

Para a semana estreia um novo canal informativo.

Muito destaque aos comentadores do canal, com poucas mulheres e apenas um jovem. E quem é que é? ...Sebastião Bugalho...

É apresentado como "uma das mais proeminentes vozes da sua geração". 

 

Fico chocado como o que é apresentado com uma voz "proeminente" da MINHA geração. Uma pessoa que é acusada de violência doméstica, que salta de tacho em tacho sem qualquer valor acrescentado para a sociedade. 

 

Diria que é mais o resultado de uma comunicação social viciada em si mesma e sempre nas mesmas pessoas. De uma comunicação social que não se abre a novas/outras vozes. De uma comunicação social de estrelas e de elites. 

"Proeminentes" são os jovens que se esforçam, que muitas vezes são obrigados a ir exercer o seu talento no estrangeiro, e outros que Portugal enfrentam os problemas da habitação, precariedade e lutam por consolidar uma carreira e constituir família. 

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publicado às 17:43

Leviandades

16.05.21

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Esta semana, dois atos irrefletidos mostraram que estamos a promover uma sociedade cada vez menos inclusiva e estamos piores no pós confinamento.

 

- "Preta" numa notícia da Ag. Lusa

Um jornalista de política que costuma noticiar a extrema direita publicou uma notícia em que numa lista de nomes colocou entre parêntesis o adjetivo "preta" para assinalar que pessoa tinha côr de pele negra. Intencional e racista.

O facto passou despercebido ao editor e a todos os jornais que se limitaram e se limitam a fazer copy paste das notícias de agências para encher páginas e mostrar conteúdos aos anunciantes. Desta vez a preguiça saiu cara (aliás irrita-me os jornais obrigarem a fazer o login num "Nonio" para depois se limitarem, em 90% dos conteúdos, ao copy paste da Lusa - chegamos ao ponto de termos a mesma notícia exatamentr igual em todos jornais). Uma falha grave não foi detetada e levaram todos por tabela. Rolou a cabeça do editor, mas não sei o que aconteceu ao jornalista. O despedimento era o certo numa empresa privada, mas sendo a Agência Lusa...

 

- "Gorda" numa novela

Tanto se quer ter piada, que a graçola se torna em ofensa. Uma personagem ridiculariza e inferioriza as pessoas com excesso de peso, sem qualquer reprovação da contrapersonagem, na circunstância um padre. Representam o "vale tudo" de guionistas e atores que não questionam criticamente o texto apenas para aparecerem na ribalta e captar mais um like ou audiência.

 

Dois exemplos levianos que mostram a sociedade: o preconceito gratuito, o extremismo e repito o que disse no texto da ditadura da imagem do Diogo Piçarra. Neste pós confinamento, estamos a distanciarmo-nos de uma sociedade inclusiva e daquilo que os nossos pais e a escola nos ensina, que é respeitarmos os outros como eles são, a pormo-nos na pele do outro e a não gozar.

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publicado às 13:06

Destes dias - 17 de Abril

17.04.21

- Depois do terramoto do caso José Sócrates e da escolha de juízes feita à medida, vemos agora que 10 deputados vão perder a imunidade parlamentar para serem julgados por darem moradas falsas ao Parlamento, recebendo ajudas de custo indevidas.

Num dos casos, o deputado ficou a viver em casa do irmão (sem despesas de arrendamento e afins), mas deu essa morada para receber ajudas de custo.

Se a isso, juntássemos os estudos de consultoria e pareces para tudo e mais alguma coisa, também haveria muito por onde levantar o tapete...

 

- Esta semana tive que tirar os dias de férias que faltavam de 2020.

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Devido à pandemia, não arrisquei, fui turistar por Portugal. Aproveitei para fazer um passeio de Primavera pelas aldeias históricas da Beira Baixa.  Em breve partilharei fotos e pormenores, mas por agora, partilho a dificuldade que é fazer fazer refeições fora de casa por estes dias. Se ao almoço, tem que se andar aos achados à procura de uma esplanada, ao jantar ainda é pior. As restrições por mais compreensíveis que sejam vieram abalar fortemente as economias locais e os pequenos negócios. Hoje, sábado, sem esplanadas e com o "take away" para quem anda a viajar das duas uma: i) ou anda com pratos e talheres atrás de si ou ii) não tem outro remédio senão recorrer às multinacionais de fast food, se as houver. Vontade de ajudar o pequeno comércio não falta, mas é uma dor de alma ver tudo fechado.

 

Alguém adivinha onde tirei esta foto?

 

- Parece que foi lançado um novo jornal. Marcadamente político, esperemos que seja um título que resista aos desafios. Porém, é mais um feito da capital e para a capital.

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publicado às 18:03

Aproveitamento da morte de Sara

07.12.20

Ontem recebemos a notícia de mais um acidente mortal na estrada. A particularidade foi o facto de ter morrido uma jovem com o apelido mediático. Ontem também morreram 90 pessoas de COVID - será que alguma se chama "Carreira"?

 

Eis o que penso sobre isso.

 

- Uma morte lamenta-se sempre, mas quando é de uma pessoa com 21 anos custa mais. Porque contraria a lei natural da vida e porque tinha uma vida pela frente. Como a qualquer família, seja Silva ou Carreira, é uma dor horrível. Não sei o que é morrer um filho, mas deve ser um vazio atroz, muito atroz.

 

- Procurei e não encontro informação sobre a velocidade que o carro ia.

Será que algum dia vai ser pública?

 

- Ontem piquei duas vezes em zapping a CMTV à tarde. Numa das vezes estava Herman José a falar, na outra um cantor chamado Leandro. A estação ocupou a sua tarde a explorar a dor alheia. 

É aquele momento em que todos se solidarizam e fazem questão de o mostrar.

Tenho dúvidas quanto à ética desta programação dado que a Cofina é ressabaida e perseguidora de todos os que compraram a TVI há semanas. Além de Cristina Ferreira, também Tony Carreira entrou no negócio...

Vejo agora, que foi líder de audiências. Ou seja, compensou-lhes a "emissão especial"... Mal esteve quem lhe deu audiência e quem lhe deu conteúdo, procurando aparecer com o seu depoimento.

 

- Marcelo Rebelo de Sousa

Critiquei o protagonismo que deu a Pedro Lima e critico agora novamente. A jovem de 21 anos nada contribuiu para o país para ter os lamentos personalizados do Presidente da República (a nota de pesar foi no site oficial da Presidência). Todos os dias morrem pessoas na estrada, agora de COVID e muitas delas vítimas de incompetência de médicos em hospitais. Não faz sentido, em véspera de eleições, esta marcação de terreno.

A mesma crítica se estende a Marques Mendes - quantas vezes terá ouvido um concerto do pai Tony?

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publicado às 18:52

Máscaras DYI

02.05.20

Depois de 38695826 stories patrocinadas no Instagram de pessoas a vender máscaras (a certificação não é requisito), da sms do Continente, Pingo Doce e do Jumbo que só permitem entrar a partir de manhã nas lojas com máscara e da ameaça de multa nos transportes públicos, deixo o tutorial da versão impressa do JN de hoje.

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publicado às 21:02

Classificados do jornal

26.04.20

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Nestes dias, tem-se falado entre muitos outros setores afetados pela crise, o da imprensa escrita.

Nestes sábados, tenho comprado o Jornal de Notícias. Além de ser um jornal que o meu pai religiosamente comprava ao domingo, gosto do jornal pelas suas notícias e histórias regionais, por ter jornalistas espalhados pelo país e por ser o único com a direção fora de Lisboa. Tenho reparado e até comentei em casa, que não tem tido publicidade. Mesmo os classificados estão reduzidos a nada. Não está fácil.

 

A Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e a Fidelidade resolveram comprar algumas subscrições (e anunciar publicamente que o fizeram, claro!). Verifiquei ambas e pareceram-me equilibradas pois nestas duas seleções estavam todas as editoras nacionais representadas. Se mais algumas grandes empresas o fizessem, seria uma ajuda (claro que existem os argumentos de que os colaboradores podem ficar perdas de produtividade por estarem a ler o jornal no horário de trabalho, etc.. )

A imprensa livre e descomplexada é fundamental para uma população informada. 

 

A propósito de não haver classificados, reparei, por mero acaso , que a secção de "Relax" do JN não tinha anúncios. Coitadas/os das coelhinhas/os, até estas/es foram afetadas/os pelo COVID e, pior, vão ser dos últimos a retomar a atividade.

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publicado às 12:46

A violência num país que só se foca no acessório

31.01.20

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Os meus temas começam a ser repetitivos, porque há situações que me deixam agastado.

 

Hoje num programa de TV vão ser divulgados vídeos chocantes a denunciar maus tratos a idosos. Não é caso único. Todos sabemos disso. Nalguns não há provas, noutros prefere-se ignorar. São os outros, os indefesos, não somos nós.

No blog falo repetidas vezes sobre a violência doméstica que não é exclusiva de homens para mulheres.

 

Pouco ou nada se faz. A lei demasiado branda, uns media que apenas procuram click bait e show off de circunstância levam a um status quo que agastam. A própria população só se foca no seu umbigo.

 

Esta semana as redes sociais e os noticiários andaram atrás de dois indivíduos que vêm para as redes sociais (André V. e Joacine KM - não escrevo o nome completo propositadamente para não contar para as estatísticas de popularidade) apenas para ganharem protagonismo.

Os temas importantes ficam de lado, porque dá trabalho, não dá audiências nem likes.

 

Enquanto, nós, enquanto sociedade, continuarmos neste show de aparências nada vai mudar, nada se melhora.

Hoje são aqueles velhinhos, coitados, amanhã podemos ser nós.

Espero que após esta reportagem, a justiça apure a verdade e haja consequências exemplares (e que sejam noticiadas!)

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publicado às 19:18

Breves do Último

05.01.20

- Donald Trump resolveu começar o ano abrindo uma ferida grande  com o Irão. Veremos se não se torna uma infeção...

Não gosto nada desta instabilidade e promessas de guerra.

3 de Novembro haverá eleições. Cabe aos norte americanos decidirem o seu futuro e o do mundo.

 

- Austrália

Os incêndios são sempre um problema na Austrália. Este ano já o foi na Amazónia e agora no outro lado do mundo. Por cá lamenta-se, mas não se fala das causas. Qual o motivo?

 

- Caos na saúde

Muitos anos de desinvestimento (e cativações) na Saúde levam a este caos. Tem de ser corrigido e se passa pela contratação de profissionais que seja feita. Só acho curioso é que antes das eleições não havia problemas. Dois meses depois até agora surgiram os problemas publicamente. A bota não bate com a perdigota.

Na minha experiência pessoal, estive um ano e meio à espera de uma consulta de dermatologia. Inadmissível!

 

- Os media

A SIC anunciou a contratação do ano na semana passada. Depois de Cristina Ferreira, contratou à concorrente Ricardo Araújo Pereira. O filho de Pinto Balsemão anda a abrir os cordões à bolsa, mas com o respetivo retorno em audiências e publicidade.

Já na TVI, uma palavra para Filipa Granel. Com a casa no chão, foi contratada para o cargo que ninguém queria, Como é óbvio não era em quatro meses que ia recuperar a casa. Vem Nuno Santos, um profissional experiente para uma TVI/CM TV que ninguém sabe como vai ser. 

Soube-se também que a Rádio Sim vai acabar. Confesso que não conhecia a rádio. Era do Grupo Renascença, uma rádio que já não oiço há muito tempo, nem está nas minhas frequências do carro. Da última vez que ouvi parecia a M80, isto é, longe da identidade de outros tempos.

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publicado às 11:57


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