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Se há tema a que sou sensível e que não me canso de escrever é sobre maus tratos em lares de idosos.
Felizmente a minha avó materna ainda vive com os meus pais e tem boa saúde. O mal dos outros, um dia pode ser nosso.
Li uma notícia que me deixou mais aliviado, dado que tantos vezes critico a inércia das nossas autoridades neste tema.
A Procuradoria Geral da República decidiu dar prioridade aos crimes de maus tratos e negligência em lares de idosos.
Por outro lado, a Ministra da Segurança Social anunciou a implacabilidade dos inspectores no que ao enceramento dos lares por falta de condições diz respeito.
Sabemos todos não haverá 100% de eficácia, quando há o anúncio prévio de inspeção, o medo de represálias e de perder o emprego (entre outras formas ...)
Ora, deste conjunto de esforços combinados já saíram pelo menos 220 inquéritos e uma média de uma denúncia diária. Haver esta contabilização e divulgação, é muito importante. Mostra que há controlo, preocupação e chama a atenção e sensibilização para os crimes.
E um elogio ao Público que trouxe este tempo para a capa, enquanto outros jornais andam mais preocupados com os namoricos da Cristina Ferreira.
Há temas que escrevo várias vezes porque me incomodam. Normalizar e ficar em silêncio é perpetuar a negligência.
Hoje acordei com a notícia de mais uma mulher morta às mãos do marido e um lar ilegal encerrado por maus tratos. Contava a reportagem que era frequente os idosos fugirem do lar a pedir aos vizinhos água e comida. As famílias pagam 1.000 Euros ao cuidador.
Como é possível? O que faz esta gente masoquista ao dinheiro se nega alimento e água a quem está ao seu cuidado e dependente?
Não consigo ficar indiferente e espero que haja punição para estes maus tratos.
Mais uma vez o Estado falha ao obrigar as famílias a recorrerem à ilegalidade por falta de vagas.
Mais uma vez a responsabilidade falha dos vizinhos que sabiam e sentiram os pedidos de ajuda dos idosos. Ignoram e não denunciam (medo de retaliações, talvez).
Mais uma vez, masoquistas se aproveitam do desespero das famílias e da falta de resposta do Estado para maltratar os mais velhos.
Em Janeiro escrevi isto sobre a loucura dos preços praticados no Algarve:
Fico chocado com os preços pedidos pelos nossos hotéis e com esta antecedência.
Os nossos hoteleiros andam loucos, com preços absurdos para o bolso do português comum. Na pandemia souberam apelar ao turismo interno, mas se já no ano passado me queixei, este ano queixo-me outra vez (e estamos em Janeiro).
Procurei inclusivamente fora do Algarve.
Se esta ganância significasse melhores salários para os funcionários, ainda havia uma razão, mas nem isso...
Agora vejo os empresários a queixarem-se que não têm procura. Mas... estavam à espera de quê?
Preços absurdos, onde fica mais barato ir para fora do que ficar no nosso próprio país. Não tenho pena dos empresários algarvios. Estão a colher o que semearam. Pena tenho dos trabalhadores que recebem baixos salários e alguns ainda ficam sem emprego.
Esta semana, andei a pesquisar, com 8 meses e meio de antecedência alguns hotéis para dar um giro no nosso país no fim de Agosto, quando tenho férias.
Fico chocado com os preços pedido pelos nossos hotéis e com esta antecedência.
Os nossos hoteleiros andam loucos, com preços absurdos para o bolso do português comum. Na pandemia souberam apelar ao turismo interno, mas se já no ano passado me queixei, este ano queixo-me outra vez (e estamos em Janeiro).
Procurei inclusivamente fora do Algarve.
Se esta ganância significasse melhores salários para os funcionários, ainda havia uma razão, mas nem isso...
PS: A Vodafone anunciou por email que vai aumentar os tarifários em 7,8%. Será que vai aumentar os salários dos funcionários nesse montante igualmente? Seria bom...
6ª feira tive a tarde de férias. Aproveitei para ir à cidade levantar uma encomenda online na loja física. Ao descer a rua, vi castanhas assadas à venda. 3 euros a dúzia. Comprei um cartuxo mantendo a boa tradição.
Fui até à praia. No caminho, um mendigo aborda-me a pedir dinheiro para "uma sopa".
Desconfio sempre destes pedidos. Será fome? Ou será para droga?
Ofereci o que tinha à mão: castanhas.
Bastante nutritivas e que durante anos mataram a fome a muitos dos nossos antepassados. Recusou e disse que queria dinheiro para a sopa.
Não lhe dei nada e segui a minha vida, acentuando as minhas reservas nos peditórios ...
- Há duas semanas, fiquei supreendido quando ao vestir umas calças, reparei que já me estavam apertadas.
O descuido da dieta e do exercício durante as férias já se fez notar. Nem foi preciso ir à balança...
Por isso, nestes dias, foi o regresso às corridas, ao ginásio e à dieta. As refeições da "asneira" ficaram restritas às refeições sociais.
Notei bem, no ritmo da corrida, quão destreinado fiquei. Mesmo nas pequenas distâncias, muito lento e com vontade de parar. A máquina já está a olear e tem-me valido correr em grupo, senão a desmotivação seria ainda maior.
Por falar em grupos de corrida 3ª feira, véspera de feriado, fui a um em Gaia e passamos ao rio Douro:
- Continuo chocado com a diferença de preços entre a grande distribuição e o pequeno comércio de rua.
Hoje no Continente 4 kiwis custavam 3 €. Na frutaria da minha rua comprei 8 a 2,23 €.
- Na Ucrância, continuo chocado com as atrocidades russas que se ouvem à medida que vão abandonando as cidades ucranianas que ocupavam. Relatos demoníacos que podem sair impunes.
- No Irão, um eco internacional anormal da repressão e da polícia da "moralidade". A morte da ativista iraninana e (a falta de) resultados da autópsia vêm mostrar ao Mundo, se dúvidas houvesse, dos maus tratos e restrições que as mulheres sofrem nalguns países. De retaliação, o Irão, membro da OPEP, já cortou a sua produção de petróleo (apoiado pelos restantes países com medo do efeito contágio), fazendo disparar os preços. As nossas gasolineiras já o aumentaram esta semana.
- No Brasil, o voto envergonhado na extrema direita levou a uma segunda volta. A grande questão dos brasileiros não sei se é votar no melhor candidato ou no menos mau.
A minha mãe já me tinha avisado: nas últimas semanas tinha reparado que os preços nos supermercados familiares e na feira estavam muito mais baixos que os hipermercados.
Esta semana tive essa confirmação.
4ª feira
Precisei de comprar um creme de limpeza do fogão. Fui a um hipermercado junto a casa e anunciava promoção. De 2,25 € passou para 1,89 €.
Na 5ª feira, no supermercado de rua onde compro o pão, vi exatamente o mesmo detergente sem indicação de promoção a 1,79 €.
Ou seja, o hipermercado chama a promoção a um produto que vende muito acima do custo e mesmo assim ainda fica mais caro que o pequeno comércio.
6ª feira
Ontem, fui a outro hipermercado comprar kiwi's, um que usa "pagar tão pouco" no slogan. Paguei 4 €/kg. Achei caro e comprei 2 para remediar. Há 5 minutos, no supermercado familiar, os kiwi's custavam 3 €/kg.
A minha mãe já tinha reparado que as ameixas também estavam quase o dobro no CNT do que na feira há umas semanas.
Posto isto, temos que ter cuidado com as "promoções", comparar preços e olhar para o pequeno comércio que, menos ganancioso, está a ter preços mais baixos.
Este ano, tive que tirar férias em Agosto.
Apesar do bom tempo, a confusão e os preços levam-me a evitar este mês. Para fazer o "off" e porque gosto/valorizo passear, optei por ficar em Portugal dado os problemas nos aeroportos.
Fiquei horrorizado com os preços que a nossa hotelaria está a praticar. A maioria dos hotéis na terceira semana de Agosto pedia mais de 200 € por noite só com pequeno almoço. Num hotel, uma noite que em Julho/21 custava 72 €, este ano em Agosto custava 207 €. O hotel é o mesmo e os custos por hospede são (quase) os mesmos. Até nos apartamentos que vi no OLX, os preços dispararam face ao ano anterior.
Mesmo no Interior, os valores rondam os do Algarve. Oiço os empresários contentes com a ocupação e receitas. Como potencial cliente, fico triste. Sendo o salário mínimo português de 700 €, 200 € só para dormir uma noite é absurdo. A isto, temos de juntar combustível, portagens e as refeições, no mínimo.
Que tipo de turismo queremos em Portugal?
Quando foi a pandemia, os empresários apelaram aos portugueses para passar férias em Portugal. O povo acedeu e os hotéis do Interior registaram taxas de ocupação nunca ocupadas antes.
Os preços praticados em 2022, com famoso aumento do "preço por estadia" arrisca tornar o país exclusivo para estrangeiros e para ricos. O português de classe baixa e de classe média é escorraçado. É tão seletivo que quando há problemas (covid, incêndios, ...) lá vêm chorar e pedir a mão aos nacionais.
Se estes preços elevadíssimos significassem melhores salários e melhores condições de trabalho, ainda havia uma distribuição de riqueza. Mas não, este fica concentrado nos empresários e nos donos/gerentes das cadeias. E atenção que a qualidade geral dos nossos hotéis são das melhores da Europa. Se acho que se deve pagar a qualidade? sim acho, mas não acho os preços praticados justos nem adequados.
Ao sermos enxotados, o que nos resta? Ajustar/reduzir datas, pesquisar as melhores opções, ir de férias para o estrangeiro porque fica mais barato (mesmo com "TI") ou alugar estadias não declaradas onde reina a fraude e as burlas.
Lisboa vai acolher daqui a um ano e por 5 dias as Jornadas Mundiais Juventudes da Igreja Católica.
Um grande evento para o país e com altas expetativas. Portugal tem acolhido grandes eventos e tem corrido sempre tudo bem desde a organização à segurança. Além da dinâmica económica que vai trazer à região, o país vai sair beneficiado e bem que precisamos destes eventos. Nem que seja para aumentar a nossa autoestima.
Estas jornadas vão implicar alguns investimentos, nomeadamente infraestruturas e vão deixar com a (boa) herança, espera-se, na reabilitação da zona norte da Ponte Vasco da Gama. Serão em parte pago pela receita fiscal adicional, desde mais IVA do consumo em hotéis, restaurantes, táxis, etc (embora muitos devam fugir porque não vai ser pedida fatura com NIF), a mais IRS (por força das horas extra que terão necessárias - as que forem declaradas, claro) a mais taxa turística.
O problema reside, como sempre em Portugal, na opacidade e falta de cálculo dos custos totais do eventos.
Ninguém sabe ou quer declarar o que vai custar para o erário público.
Os ajustes diretos já foram aprovados e ... como é habitual deve haver derrapagens (ainda hoje, 20 anos depois, há litígios dos estádios do Euro 2004).
É esta desorganização, incoerência e falta de transparência que teima em estar sempre a acontecer no nosso país e em particular em obras públicas. Primeiro ganha-se o projeto e depois se pensa nos custos ...
Não vale a pena vir apelar ao voto no dia das eleições, se depois a classe política falta neste compromisso com a população.
Já agora tenho mais dúvidas se as horas extras que vão ser necessárias nos vários setores de atividade vão ser pagos em proporção do aumento da receita. Não me parece.
Todos os anos é a mesma coisa no Verão: incêndios a destruírem floresta, populações em apuros e a perder bens, bombeiros no terreno e o país nas bocas do mundo.
Este sufoco demonstra a falta de visão, de políticas de ordenamento florestal e sobretudo um sistema penal branco com pirómanos e irresponsáveis, demonstrando que o crime compensa. Recordo que uma das motivações dos pirómanos é ver o nome das suas terras nas media. Mesmo que isso seja numa espécie de masoquismo com a população.
Achei curioso ver o nosso Presidente da República a assumir o papel da Proteção Civil a fazer o ponto de situação dos incêndios na hora de abertura do telejornal... pareceu-me sede do protagonismo perdido. Do Governo, muitas fotos nos centros de decisão, mas sem respostas efetivas e este problema estrutural.
Quanto à vaga de calor, confirma-se aquilo que as previsões ditam fruto do aquecimento global e da irresponsabilidade quanto às alterações coimáticas: as ondas de calor serão cada vez frequetes e duradouras. Tal e qual.
Quem sofre? Os países menos desenvolvidos e os mais pobres.
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