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As luzes de Vigo andam muito, diria até demasiado, famosas pelas bandas do Norte.
Quando me convidaram a ir até lá hesitei. Estava à espera de confusão, trânsito e sobretudo de que fosse mais do mesmo. Lá fomos, no feriado 8 de Dezembro.
A viagem faz-se rápido pois moramos perto.
Fomos cedo e viemos cedo.
As expetativas cumpriram-se: é mais fama que outra coisa.
Muitos portugueses, confusão, apertos, uma roda gigante, uns quarteirões com iluminações de rua e muitas barracas de comes e bebes para todos os gostos na marginal. As músicas pareciam as da feira medieval, as lojas de ruas são das multinacionais. Não havia artesanato, nem comércio natalício, por exemplo. Nem sequer a tradicional barraquinha das compotas caseiras (as outras devem pagar melhor renda).
Não trouxe grande novidade. O que lá existe, vemos noutras cidades.
Em Famalicão por exemplo, tem também roda gigante, pista de gelo e até iluminação de rua ao som de músicas de Natal. Vigo nem isso tem!
Uns têm a fama, outros têm a novidade.
Passei aqui apenas para desejar um Bom Natal
Ontem fui ao Porto, um passeio que faz parte da tradição cá em casa.
O percurso foi o habitual. Fomos de comboio até General Torres, descemos até ao Cais de Gaia, atravessamos o tabuleiro inferior da Ponte Dom Luís I, subimos a rua das Flores até ao Coliseu onde almoçamos a francesinha. Passeamos pela Rua de Santa Catarina, Trindade e da Rua da Cedofeita até as luzes dos Aliados acenderem. Apanhamos o comboio de regresso na Estação de São Bento.
Chamou-me a atenção a pouca quantidade pessoas que andava na rua.
O Cais de Gaia às 10h30 estava deserto, sem o mercadinho habitual e sem turistas. Ainda ponderei visitar o WOW, mas acabou por ainda não ser desta.
Ao atravessar a Ponte, verificamos que o tabuleiro inferior está em obras (dá para ver na foto acima). Era algo que se impunha porque o piso estava completamente esburacado e a precisar de manutenção. Sendo um local de passagem pedonal para muita gente, era mais do que necessário. Na Ribeira, a mesma coisa: sem pessoas, sem os vendedores habituais, sem artistas de rua. Talvez por ser muito cedo (cerca das 11h).
Ao subir cruzamo-nos com o Palácio da Bolsa e o Mercado Ferreira Borges. Sempre imponentes!
De seguida, a desilusão: a Rua das Flores está irreconhecível. Pré Covid estava cheia de turistas e lojas. Ontem tinha muita coisa fechada e não era da hora. Estabelecimentos desde multinacionais, gourmet a lojas tradicionais encerrados. Enquanto caminhava, pensava: o valor absurdo das rendas aliado a produtos muito caros para o bolso do português, levam a que haja mais olhos que barriga e que num cenário de confinamento não se aguentem.
Seguimos ao mercadinho da Batalha - o mais engraçado e composto dos que vimos.
Fomos almoçar a tradicional francesinha a um dos restaurantes da rua do Coliseu. Para digerir, passamos pelo mercado do Bolhão. Muito interessante o espaço provisório. Ainda não tinha lá ido, mas parece ter muito boas condições no centro comercial. Limpinho, quentinho, arejado e com condições de segurança.
Na Rua de Santa Catarina, o mesmo feeling: algumas pessoas na rua, mas as lojas sem ninguém. Também não fui às compras, mas quem tinha esse plano, não teria dificuldades. Não sei se é falta de dinheiro, se as pessoas optam pelo online, se a falta de turistas, mas a verdade é que estava muito insípido o ambiente.
Descemos até à Trindade e subimos até Praça Carlos Alberto - o mercado Porto Bello estava também irreconhecível. Quase sem tendas. E até estava bom tempo. Percorremos a Cedofeita e fomos ver as luzes.
Este Natal provavelmente vai ser diferente, com menos pessoas e o fantasma do vírus em todo o lado. Ainda assim, desejo uma boa noite de consoada a quem aqui passar.
A Nala convidou-me para falar um pouco sobre o Natal no seu blog.
Neste Natal diferente, todos nós vamos passar algo novo, que nunca vivemos nem sentimos. Restrições de estarmos com os nossos, de abraçarmos e demonstrarmos afetos. Será que é a primeira vez que vamos realmente perceber a importância do lado emocional?
Este ano, vamos todos viver um Natal diferente para todas as gerações. Porém, não tão radicalmente como possamos estar a pensar. Explico o meu ponto de vista.
Já que entramos no Natal, deixo aqui um cheirinho das luzes de Espinho
Sabemos pouco como vai ser o Natal. Sabemos apenas que vai ser restrito nas pessoas com quem vamos poder estar.
Ao nível de prendas, não comprei nenhuma na black friday. Os miminhos para a família serão como no ano passado no comércio tradicional, ou a produtores locais.
Para mim, se precisar de alguma coisa, será nos saldos.
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