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Passei aqui apenas para desejar um Bom Natal
Ontem fui ao Porto, um passeio que faz parte da tradição cá em casa.
O percurso foi o habitual. Fomos de comboio até General Torres, descemos até ao Cais de Gaia, atravessamos o tabuleiro inferior da Ponte Dom Luís I, subimos a rua das Flores até ao Coliseu onde almoçamos a francesinha. Passeamos pela Rua de Santa Catarina, Trindade e da Rua da Cedofeita até as luzes dos Aliados acenderem. Apanhamos o comboio de regresso na Estação de São Bento.
Chamou-me a atenção a pouca quantidade pessoas que andava na rua.
O Cais de Gaia às 10h30 estava deserto, sem o mercadinho habitual e sem turistas. Ainda ponderei visitar o WOW, mas acabou por ainda não ser desta.
Ao atravessar a Ponte, verificamos que o tabuleiro inferior está em obras (dá para ver na foto acima). Era algo que se impunha porque o piso estava completamente esburacado e a precisar de manutenção. Sendo um local de passagem pedonal para muita gente, era mais do que necessário. Na Ribeira, a mesma coisa: sem pessoas, sem os vendedores habituais, sem artistas de rua. Talvez por ser muito cedo (cerca das 11h).
Ao subir cruzamo-nos com o Palácio da Bolsa e o Mercado Ferreira Borges. Sempre imponentes!
De seguida, a desilusão: a Rua das Flores está irreconhecível. Pré Covid estava cheia de turistas e lojas. Ontem tinha muita coisa fechada e não era da hora. Estabelecimentos desde multinacionais, gourmet a lojas tradicionais encerrados. Enquanto caminhava, pensava: o valor absurdo das rendas aliado a produtos muito caros para o bolso do português, levam a que haja mais olhos que barriga e que num cenário de confinamento não se aguentem.
Seguimos ao mercadinho da Batalha - o mais engraçado e composto dos que vimos.
Fomos almoçar a tradicional francesinha a um dos restaurantes da rua do Coliseu. Para digerir, passamos pelo mercado do Bolhão. Muito interessante o espaço provisório. Ainda não tinha lá ido, mas parece ter muito boas condições no centro comercial. Limpinho, quentinho, arejado e com condições de segurança.
Na Rua de Santa Catarina, o mesmo feeling: algumas pessoas na rua, mas as lojas sem ninguém. Também não fui às compras, mas quem tinha esse plano, não teria dificuldades. Não sei se é falta de dinheiro, se as pessoas optam pelo online, se a falta de turistas, mas a verdade é que estava muito insípido o ambiente.
Descemos até à Trindade e subimos até Praça Carlos Alberto - o mercado Porto Bello estava também irreconhecível. Quase sem tendas. E até estava bom tempo. Percorremos a Cedofeita e fomos ver as luzes.
Este Natal provavelmente vai ser diferente, com menos pessoas e o fantasma do vírus em todo o lado. Ainda assim, desejo uma boa noite de consoada a quem aqui passar.
A Nala convidou-me para falar um pouco sobre o Natal no seu blog.
Neste Natal diferente, todos nós vamos passar algo novo, que nunca vivemos nem sentimos. Restrições de estarmos com os nossos, de abraçarmos e demonstrarmos afetos. Será que é a primeira vez que vamos realmente perceber a importância do lado emocional?
Este ano, vamos todos viver um Natal diferente para todas as gerações. Porém, não tão radicalmente como possamos estar a pensar. Explico o meu ponto de vista.
Já que entramos no Natal, deixo aqui um cheirinho das luzes de Espinho
Sabemos pouco como vai ser o Natal. Sabemos apenas que vai ser restrito nas pessoas com quem vamos poder estar.
Ao nível de prendas, não comprei nenhuma na black friday. Os miminhos para a família serão como no ano passado no comércio tradicional, ou a produtores locais.
Para mim, se precisar de alguma coisa, será nos saldos.
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