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Os prémios de desempenho atribuídos pelas empresas servem para premiar os funcionários mais competentes. Seja pelo atingimento de metas individuais ou pelas metas da empresas (geralmente vendas e resultados).
No caso do Novo Banco foram 2 Milhões a Administradores o que levanta indignação pelo facto de:
- o Banco estar a ser intervencionado com dinheiros públicos,
- estar semi privatizado (Lone Star),
- o atual contexto de privação de fontes de rendimentos de muita gente,
- o próprio banco ter prejuízos de 1.058 milhões de Euros (!!! - um poço sem fundo).
Mesmo com este montante a ser pago em 2022 e mediante certas condições - alguém acredito que eles não serão pagos?
Se os subsídios públicos já estavam contratualizados, a mim causa-me desconforto a dimensão dos prémios para a realidade portuguesa. Se pode haver mérito na execução de objetivos comerciais e métricas económico-financeiras, é imoral quando tantos portugueses estão em lay-off, desemprego e com corte de vencimentos, dar 2 Milhões de Euros de prémios com dinheiro dos impostos. Não sei quanto vai caber a cada um (entre executivos, não executivos e afins), mas pouco não será.
Parece um tacho onde todos comem e ganham, com o povo português a pagar. Não seria solidário pela Administração abdicar de parte desses prémios? Não diria da totalidade porque é justo que recebam pelos objetivos atingidos, mas valores razoáveis e morais.
Um estudo do Eurostat demonstrou que apesar dos rios de dinheiro que a União Europeia enviou para Portugal, o país não os conseguiu capitalizar e em vez de convergir, divergiu. Ou seja, as regiões mais pobres em vez de se aproximarem das mais ricas, ficaram mais distantes.
É inegável que tem havido progressos no país mas várias razões o explicam:
- investimentos centralizados nos grandes centros urbanos
- investimentos desenhados em gabinetes e por pessoas pouco conhecedoras da realidade
- falta de controlo (muitas vezes por conveniência) da aplicação dos fundos,
- gastos que vão apenas para os bolsos de alguns (incluindo os restaurantes com lagosta e os stands da Porsche)
- cultura de corrupção e más práticas (em que alguém lucra) na gestão autárquica e na troca de favores
- No caso das auto estradas, elas até foram feitas, mas são tão caras que as pessoas não as conseguem usar. Diga-se que as grandes construtoras dominam os dividendos distribuídos pelas concessionárias em regime de PPP.
O país que está tão preocupado em antecipar dois anos, a mudança de sexo para os 16 anos, é o mesmo país que acha normal a má utilização das viagens pagas a deputados insulares ou aos ajustes diretos a empresas de deputados e vereadores municipais.
Ainda hoje o JN traz vários exemplos disso, mas a prioridade é a vitória do Benfica.
Com tão pouco espírito crítico, como podemos viver melhor?
Ao ler a notícia que os portugueses se andam a esticar no crédito ao consumo fica a pensar se aprendemos alguma coisa a crise?
Percebo que as pesssoas necessitem de investir em bens de consumo mais caros precisamente porque não os puderam comprar na crise (como carros ou eletrodomésticos), mas a pergunta mantém-se: não estaremos a viver acima das nossas possibilidades?
- O bom tempo voltou. No sábado de manhã estava vento frio á beira-mar e o passadiço estava deserto. Consegui cumprir o meu objetivo: 1 hora a caminhar. Esqueci-me das sapatilhas de corrida e como as suplentes são um pouco apertadas, não arrisquei.
No domingo, a minha irmã convidou-me para ir a um dos espaços da moda da nossa cidade, com pequenos-almoços alternativos, mas as mesas estavam cheias e fomos à pastelaria tradicional. Bem, pela amostra de ontem e pelos “trends” das redes sociais é um negócio com futuro.
- Ontem vi novamente o Pesadelo na Cozinha e pensei: em quantos restaurantes é que também já comi assim?
- No intervalo, vi um bocado da entrevista da Catarina Furtado ao Porto Canal. Naqueles minutos, referiu duas coisas que retive uma má e outra boa: não gosta de ser egocêntrica (achei irónico – então e aqueles 10 minutos de “espetáculo” na final de um programa qualquer aqui há uns meses em que deixou cair o anel no momento em que ia anunciar o vencedor e pôs toda a gente à procura dele???) e evita expor os filhos. Neste ponto, criticou e foi de encontro àquilo que critico nos dadyymummy blogs/business. Com todo o realismo, diz e muito bem, que os pais não têm o direito de expor os filhos e tirar dividendos deles nas redes sociais. Quando lhe perguntaram se tinha planos para eles, disse que aos pais cabe dar a melhor educação e guiar os filhos, mas nunca impor-lhes os seus projetos ou frustrações pessoais.
Se lessem o que leio num desses dadyymummy blogs/business que sigo…
- Um árbrito foi brutalmente agredido num jogo de futebol por um elemento dos SuperDragões. Ficamos chocados com tamanha crueldade. O jogador, inexplicavelmente, diz que não se lembra. Haverá coragem para tomar medidas?
Vai um tipo à caixa do correio e encontra isto:
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