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- Há duas semanas, fiquei supreendido quando ao vestir umas calças, reparei que já me estavam apertadas.
O descuido da dieta e do exercício durante as férias já se fez notar. Nem foi preciso ir à balança...
Por isso, nestes dias, foi o regresso às corridas, ao ginásio e à dieta. As refeições da "asneira" ficaram restritas às refeições sociais.
Notei bem, no ritmo da corrida, quão destreinado fiquei. Mesmo nas pequenas distâncias, muito lento e com vontade de parar. A máquina já está a olear e tem-me valido correr em grupo, senão a desmotivação seria ainda maior.
Por falar em grupos de corrida 3ª feira, véspera de feriado, fui a um em Gaia e passamos ao rio Douro:
- Continuo chocado com a diferença de preços entre a grande distribuição e o pequeno comércio de rua.
Hoje no Continente 4 kiwis custavam 3 €. Na frutaria da minha rua comprei 8 a 2,23 €.
- Na Ucrância, continuo chocado com as atrocidades russas que se ouvem à medida que vão abandonando as cidades ucranianas que ocupavam. Relatos demoníacos que podem sair impunes.
- No Irão, um eco internacional anormal da repressão e da polícia da "moralidade". A morte da ativista iraninana e (a falta de) resultados da autópsia vêm mostrar ao Mundo, se dúvidas houvesse, dos maus tratos e restrições que as mulheres sofrem nalguns países. De retaliação, o Irão, membro da OPEP, já cortou a sua produção de petróleo (apoiado pelos restantes países com medo do efeito contágio), fazendo disparar os preços. As nossas gasolineiras já o aumentaram esta semana.
- No Brasil, o voto envergonhado na extrema direita levou a uma segunda volta. A grande questão dos brasileiros não sei se é votar no melhor candidato ou no menos mau.
Vejo muitas virgens ofendidas a teclar com o faitdiver do momento: uma cantora que pegou na bandeira de Espanha no Rock in Rio. Muitas das partilhas das redes sociais são de pessoas que não viram o momento. Limitam-se a gerar e comentar seguindo as indicações extremistas e depreciativas de site de fake news.
Enquanto isto, em Melilla, aqui ao lado, aconteceu um massacre neste fim de semana.
37 mortos (oficiais), elevada violência, maus tratos e um massacre sobre muitos migrantes que tentaram passar a fronteira entre continentes, vítima de mafiosos que prometem o que não podem cumprir. Tiram o pouco que esta gente tem.
Curiosa, a empatia que as pessoas têm pelos refugiados ucranianos (vítimas de uma guerra que não pediram, muitos deles com formação superior e capital) e a falta dela pelos refugiados magrebinos (pobres e vítimas de extorsão).
Crimes destes não podem ser ignorados.
P.S.: Sobre o crime da pequena Jéssica, mais uma vez parece haver falhas do Estado. Claro que não se adivinha o futuro, porém é de uma crueldade muito chocante. Um horror.
Há largos meses para cá que vou a pé ao ginásio, pois fica perto de casa. Na 5ª feira, no regresso, dei a ouvir uma conversa de uma senhora ao telefone. Qualquer coisa como isto:
- Tu és agressivo para mim de manhã... Tu empurras-me ... Não quero outro homem assim na minha vida, já bastou o outro ... Tu de manhã és a-g-r-e-s-s-i-v-o.
Segui caminho. Quando achamos que a nossa vida está má, há realidades piores. A violência doméstica tem de ser erradicada. Apesar dos péssimos exemplos que alguns juízes e juízas dão e promovem, ela tem de ser erradicada. Por falar nisso, já tinha alertado o JB no Sardinhas - os relatos de tráfico de mulheres e jovens na Ucrânia para fins sexuais e lenocínio iriam chegar muito mais breve do que aquilo que pensamos.
Foto: João Porfírio (Observador)
Os últimos dias têm sido chocantes com tudo o que se passa na Ucrânia, na Europa.
Um povo que apenas quer liderar o seu destino, ter paz e prosperidade vê um tirano que os odeia a invadir e a destruir o seu país.
É muito revoltante ver Putin a atacar a torre de televisão ou a matar civis, enquanto anuncia que vai ter conversações de paz. A olhar para a censura e prisão dos manifestantes anti-guerra em Moscovo, todos ficamos horrorizados com a tirania imposta na Rússia e o que espera a Ucrânia.
Quão horroroso é ver as pessoas a fugir para outros países, de carro, com a roupa que têm no corpo?
Famílias a separarem-se com a convicção de defender o seu país?
Dos primeiros dias resulta, ódio, destruição e um pesadelo difícil de curar.
Admiro o presidente progressista ucraniano. Diz-se que as árvores morrem de pé. Dá a cara, defende o seu país, os seus recursos naturais contra os invasores. Admiro também o povo ucraniano que defende o seu país como pode.
Até agora o David está a fazer frente ao Golias.
Tenho medo, enquanto cidadão do mundo do que aí vem, mas em paz vivemos todos melhor.
P.S.: Este domingo, Ricardo Araújo Pereira denunciou as atitudes imaturas de um jornalista na guerra.
Não sei o critério da escolha das empresas para alocar os seus profissionais a um cenário de guerra.
O exemplo mostrado é o que não deve acontecer!! Foi um jornalista, mas podia ser outro profissional.
Víamos uma pessoa desnorteada, impreparada, psicologicamente débil e, pior, a transmitir uma sensação de stress e pânico constante a todos que o viam. Claramente não é o perfil para estar num cenário de guerra.
Quando se fala em saúde mental, aqui está um exemplo do que não fazer nas organizações de trabalho.
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