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Vou partilhar um pouco do percurso que fiz este mês centro de Portugal.
Com o vírus à solta, não dá para fazer grandes planos, por isso planeei tudo com uma antecedência de duas semanas. Como se previa calor, escolhi sítios com praia, mas não queria zonas concorridas como o Algarve e Costa Vicentina. O Norte já conhecia por isso, a escolha foi natural: o Centro.
Três impressões:
- Reservar diretamente nos hoteis (no site, mail ou telefone). A maioira faz preços mais baixos comparado com as plataformas.
- Pouca gente a turistar. Não há turistas estrangeiros, nem imigrantes, ...
- Cada cidade tem os seus bolos típicos uma tentação...
Praia de Mira
Foi a primeira paragem.
Mira pertence ao Distrito de Coimbra e é uma cidade que tem duas áreas bem distintas. A dos serviços e a da praia, separada por uma barreira florestal.
O encanto de Mira está na sua barrinha. Um amplo espelho de água, natural, sobre a qual estão dispostas as vistas, com as tipícas lojas de toalhas e brinquedos de praia a colorir a paisagem . É possível contorná-la através dos passadiços que têm sombra, ou fazê-la de gaivota.
Do outro lado da estrada fica a praia. A marginal presenteia-nos com inúmeros mastros com as bandeiras azuis com as quais a praia foi galardoada ao longo dos anos. Não é comum vermos estas exposições.
Almocei por lá e nessa tarde estava vento, com a típica "nortada". Não deu para aproveitar grande coisa...
Notei uma cidade muito despida de gente em pleno Julho, com muitos apartamentos abandonados/fechados. Efeitos do COVID e da retração dos veraneantes em sítios de praia.
Leiria
Leiria é daqueles cidades que se passa na auto-estrada, onde nunca tinha parado e por isso desconhecia por completo. Não foi muito fácil chegar ao "centro" da cidade e não é fácil estacionar.
A cidade é banhada pelo Rio Liz. Tem um corredor de grandes plátanos paralelos à margem a criar sombra permitindo passear, correr e aproveitar o bom tempo. Bem idealizada a plantação.
Na praça central, além de um jardim muito florido - Jardim Luís de Camões - damos com um letreiro com o nome da cidade. Porém, não há uma única árvore na praça, torrando-se ali em dia de calor...
Uma volta pela zona medieval, mostra uma outra cidade com pequenas praças interiores, ruas estreitas, arte urbana e que merecem um bom passeio. Da cidade, realço também o Castelo lá no alto. Parece que está sempre a olhar para nós, pois onde quer que estejamos os nossos olhos cruzam-se sempre com ele lá no alto da colina.
Ir a Leiria, implicou provar as Brisas do Liz :)
No passeio, cruzei-me também com um edificio da "Empresa Leiriense de Moagens" bastante imponente, restaurado e que foi reaproveitado para apartamentos. Cá está um bom exemplo.
Fátima
Depois de conhecer e dormir em Leiria, uma paragem em Fátima foi obrigatória. Fiquei muito surpreendido com tão poucos peregrinos. Nunca tinha Fátima assim e muito menos em Julho. Não havia excursões, nem turistas, nem imigrantes. Um santuário deserto. Aqui sim, notou-se realmente o efeito COVID.
(continua)
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