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Em Outubro fiz uma viagem de uma semana a Malta.
Já partilhei que construo um mealheiro durante os meses para gastar em viagens.
Comprei os bilhetes com 4 meses de antecedência numa companhia low cost, conseguindo assim uma boa poupança. Apenas reservei hotel com uma semana de antecedência. Outubro é um bom mês: já não há confusão de turistas (em tempos de covid é critério), os preços são muito mais baixos, embora haja o risco de apanhar mau tempo. Escolhi Malta por ser baratinho, ver bonitas fotos nas redes sociais e pelo bom feedback que fui ouvindo entre amigos.
Malta é constituída por duas ilhas: Malta e Gozo.
Comecemos por Malta.
Todas as viagens foram feitas de transporte público. Por 21 € compramos um cartão com viagens ilimitadas de autocarro por 7 dias. É a melhor opção. A rede é muito completa, boa, vai a todas as cidades e pontos de interesse. Não aconselho alugar carro pois além do custos, conduz-se pela direita.
O primeiro dia foi dedicado à capital La Valetta.
Fomos de autocarro e passamos a manhã no centro histórico. É uma espécie de península com uma mar azul lindo de ambos os lados.
À hora de almoço há a parada militar com o disparo de canhão para turista filmar...
A zona costeira de La Valetta é muito recortada com inúmeras marinas. À tarde fomos à zona sul, calcorrear a parte do Forte. Por isso posso também dizer que é a zona mais faustosa.
O regresso foi feito a pé, por um longo e sugestivo calçadão. Com hotéis e lojas turísticas, temos pista vermelha durante alguns quilómetros para desfrutar.
No 2º dia e para aproveitar o bom tempo, fomos às duas maiores atrações turísticas da ilha: a Lagoa Azul (Cominhos) e aldeia do Popey.
Lagoa Azul
Para aceder à Lagoa Azul é preciso ir de barco. Há muita oferta e por isso o preço é baixo.
A Lagoa Azul tem este aspeto maravilhoso.
Se a Lagoa enche as medidas, a zona envolta desiludiu-me um pouco. Tem WC, uma roulottes com os famosos abacaxis, mas não tem areal. Tem uma escarpa onde as pessoas se vão alapando, sem grandes espaço entre elas (guarda sol e estender a tolha está fora de questão). Se em Outubro, já tivemos calor, imagino a tosta que deve ser no Verão. Estivemos lá cerca de 3 horas. Vale muito a pena, mas cuidado com o sol!
Muito perto do cais de embarque é a aldeia do Popey. O filme foi rodado numa aldeia construída para o efeito numa das falésias da ilha. Depois do filme realizado, manteve-se as construções que hoje são um parque temático. É muito engraçado e está muito bem construída. O acesso é pago, mas optamos por não entrar. A parte mais bela é vista do lado oposto da falésia.
No terceiro dia, fomos a uma das cidades mais bonitas, mas que não entra em muitos roteiros: Marsaxlokk. É uma vila piscatória, no Sul da ilha, com uma feira de artigos caseiros e souvenirs tradicionais de Malta. Foi das coisas que mais gostei e onde conseguimos comprar coisas mais engraçadas do que os tradicionais imans.
Daí, fizemos mais um passeio de barco. Desta vez à famosa St Peter's pool. Mais um aproveitamento de uma baía construída pela natureza. Uma piscina improvisada para onde o pessoal salta.
No regresso à capital, fomos ao miradouro fotografar o sunset.
No quarto dia, fomos às cidades históricas de Mdina e Rabat. Tomada pelos árabes na época medieval, a antiga cidade de Melita foi dividida na parte fortificada, Mdina e a cidade externa, Rabat.
Chegados ao terminal de bus, mesmo à entrada da fortificação, vamos experimentar uma das cidades mais bonitas.
No quinto dia, fomos a uma das poucas praias de areia da ilha: Golden Bay. E quem é que encontramos? Um grupo de portugueses que estava a participar numa prova de triatlo que estava a decorrer nessa manhã nessa praia!
Ver uma prova de triatlo, num clima ameno, numa água cristalina e quentinha, cenário perfeito! Durante a tarde fomos a outra praia nas redondezas.
O dia seguinte foi dedicado a Gozo. Por não haver tantos autocarros disponíveis, compramos um passe de uma cadeia de autocarros turísticos válido por um dia. Primeiro demos uma volta no circuito completo e depois demos uma segunda volta com paragem na cidade de Malsarforn.
Aí perto tem as famosas salinas de Gozo.
Algumas notas:
- o passe dos autocarros públicos em Malta revelou-se a solução mais prática e económica para este passeio. Apesar da excelente cobertura horária e de locais, os motoristas não são muito prestáveis nem simpáticos.
- Achei os preços da alimentação e dormidas bastantes acessíveis. São mais baratos do quem Portugal. Estava à espera de encontrar restaurantes de peixe, só que não. Apesar de haver mar por todo o lado, nem nas vilas piscatórias há peixe fresco. Vêm-se muitas pizzarias e hamburguerias.
- Outubro confirmou-se ser uma boa opção: apanhamos bom tempo, sem confusões, nem aglomerados de turistas. Com o COVID, pediram certificado de vacinação e o preenchimento prévio da documentação num site criado para o efeito.
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